Modulação da doença periodontal por curcumin modificado quimicamente. Estudo de dose-resposta em roedor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Brandão, Dayane de Almeida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138343
Resumo: Curcumin é um polifenol amarelo extraído do rizoma de uma planta tropical, do tipo herbácea. Possui ações anti-inflamatória, antioxidante, antiangiogênica, imunomodulatória, citotóxica, antimicrobiana e antiapoptótica. A aplicação terapêutica do curcumin vem sendo avaliada em modelos pré-clínicos e estudos de várias doenças. As limitações da eficácia do curcumin in vivo são atribuídas à sua má solubilidade em veículos aquosos e baixa taxa de absorção no trato gastrointestinal. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito dose-resposta do composto sintético análogo ao curcumin (CMC2.24) em diferentes doses (1 mg, 3 mg, 10 mg, 30 mg) sobre o processo inflamatório e osteoclastogênese em modelo de doença periodontal in vivo e in vitro, para analisar qual é a dose mínima necessária para que o composto tenha o efeito biológico. A doença periodontal foi induzida em ratos por meio de injeção de 30 µg de LPS de Escherichia coli, realizadas 3x/semana durante 4 semanas. Os controles receberam injeções do mesmo volume do veículo de diluição do LPS (PBS). A administração de CMC2.24 (1, 3, 10 e 30mg/kg) foi feita por via intragástrica (gavagem oral) diariamente, durante 29 dias (um dia antes da primeira injeção de LPS/PBS). A expressão de fosfatase ácido tartarato resistente (TRAP), indicativa de diferenciação osteoclástica, foi avaliada por meio de imunohistoquímica, a proporção de células inflamatórias, em cortes corados com H/E, por estereometria, a presença de citocinas através do PCR em tecido gengival e a reabsorção óssea por análise de coloração por azul de metileno e microtomografia computadorizada. Nos experimentos in vitro, macrófagos foram estimulados com microrganismos e tratados com CMC2.24 em concentração de 1, 3, 10 e 30 µM. A expressão gênica foi avaliada através de PCR e ELISA, enquanto fagocitose e quantificação de espécies reativas de oxigênio foram avaliadas por atividade fagocitária e produção de ROS, respectivamente. De acordo com os resultados, CMC2.24 reduziu significativamente o infiltrado inflamatório. Além disso, CMC diminuiu significativamente a quantidade de células TRAP positiva a partir de 3 mg/kg e a perda óssea alveolar, a partir de 1 mg/kg. In vitro, experimentos utilizando macrófagos demonstraram que o CMC inibe a produção de TNF e IL-10 após estímulos microbianos. Além disso, CMC2.24 também inibiu atividade fagocitária e estimulou a produção de ROS. CMC2.24 em diferentes doses demonstrou potencial terapêutico para aplicação em doença periodontal, devido à inibição da resposta inflamatória e também foi efetivo na redução da reabsorção óssea inflamatória.