Lectina BOL: proteína da couve-flor apresenta efeito antibiofilme em ensaio in vitro contra Staphylococcus aureus
Ano de defesa: | 2025 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/295591 http://lattes.cnpq.br/1601522412947464 https://orcid.org/0009-0008-4982-4226 |
Resumo: | A pecuária tem se destacado no cenário global como uma das atividades econômicas mais relevantes, em especial no Brasil, país que ocupa a liderança na produção avícola e suína. Entretanto, algumas questões podem prejudicar o crescimento sustentável desse setor, como a presença de biofilmes ao longo da cadeia de produção animal – desde o manejo dos animais até a obtenção dos produtos. Outro desafio a ser enfrentado pelo setor é o uso indiscriminado de antimicrobianos, que contribui de forma significativa para a disseminação da resistência bacteriana. Este problema está cada vez mais alarmante e representa uma grave ameaça global, pois pode resultar em milhões de mortes no futuro se não for controlado de forma efetiva. Diante disso, novas moléculas vêm sendo testadas, na expectativa de se encontrar alguma com potencial antibiofilme e antimicrobiana. Nesse contexto, as lectinas, proteínas presentes em vegetais, microrganismos e animais surgem como alternativas. Dentre as classes, a lectina BOL se destaca por se diferenciar das demais em sua estrutura. A BOL, com peso molecular de 34 kDa e 64 unidades hemaglutinantes (HU), foi extraída da couve-flor (Brassica oleracea spp. botrytis L), purificada por cromatografia de afinidade e troca iônica e confirmada por Dodecil Sulfato de Sódio em Gel de Eletroforese de Poliacrilamida (SDS-PAGE). Seu potencial antibiofilme foi avaliado em duas concentrações (0,1 mg/mL e 1,0 mg/mL), frente às cepas de importância na saúde humana e animal (Bacillus cereus ATCC 10876, Escherichia coli ATCC 25922, Staphylococcus aureus ATCC 29213 e Streptococcus agalactiae ATCC 12403). Para isso, além do ensaio de biofilme em formação em microplacas de 96 poços, foi realizado o ensaio com o biofilme já consolidado em placas de 24 poços, analisado por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Além disso, foi avaliado o potencial antimicrobiano da BOL, pela técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM), em microplacas de 96 poços. Dentre todas as cepas bacterianas, a BOL se destacou por interferir na formação de biofilme de S. aureus na concentração de 1,0mg/mL. Contudo, mostrou-se ineficaz para E. coli, B. cereus e S. agalactiae. Sobre o ensaio antimicrobiano, a lectina testada não demonstrou efeito bactericida ou bacteriostático. Em conclusão, embora a lectina BOL nas concentrações avaliadas não tenha demonstrado potencial antimicrobiano, foi eficaz em romper a matriz extracelular do biofilme já consolidado de S. aureus ATCC 29213. |