O Brasil rural nas obras de Monteiro Lobato nas décadas de 1910 a 1930

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Luciana Meire da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101018
Resumo: Nesta pesquisa analisamos sociologicamente as obras de Monteiro Lobato, publicadas nas décadas de 1910 a 1930, como fontes importantes de interpretações das particularidades e especificidades da sociedade rural brasileira. Entendemos que Monteiro Lobato não se propôs a ser “sociólogo” como Alberto Torres, Oliveira Viana, entre outros, mas, nossa análise buscou em suas historietas, contos e crônicas uma “sociologia” do Brasil rural das décadas de 1910 a 1930. Embora o pensamento de Monteiro Lobato seja considerado regionalista, entendemos que em seus escritos há uma preocupação com o país como um todo. De modo que a civilização do café e a região do Vale do Paraíba podem ser paradigmáticas para pensar a Nação. Nesta tese tentamos demonstrar que Monteiro Lobato elaborou um projeto de país e o rural ocuparia um lugar importante nessa ideia de nação futura, o que nos faz pensá-lo como um importante intelectual da sociedade brasileira, defensor da modernização nos moldes racionais de aproveitamento das riquezas e dos recursos naturais. Monteiro Lobato, em seus escritos, trava intensos debates com a intelectualidade e o público leitor dos jornais, livros e revistas, e faz importantes referências ao contexto ideológico abrangente dos finais do século XIX e início do XX, como observamos neste trabalho. Atento ao contexto, imerso na conjuntura imediata, não hesita em fazer muitas e intensas revisões das suas ideias, num movimento que chamamos de pendular. Concluímos que foi um intelectual de uma longa época de transição e nela tentou enxergar saídas e caminhos a partir dos seus diagnósticos às vezes lúcidos, às vezes, polêmicos, que poucas vezes coincidia com pensamento dominante do seu tempo