Alterações tridimensionais da nasofaringe, orofaringe e morfológicas da língua e osso hióide em pacientes submetidos à cirurgia ortognática de avanço bimaxilar: um estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Kim Henderson Carmo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256588
https://orcid.org/0000-0003-3325-5897
Resumo: A cirurgia ortognática tem sido uma opção de sucesso para a correção de deformidades dentofaciais, proporcionando modificações nos tecidos moles. Pacientes diagnosticados com retrusão dos maxilares, geralmente são submetidos a cirurgias de avanço maxilomandibular (AMM). Sabe-se que o AMM parece aumentar o diâmetro das vias aéreas superiores (VAS), através do reposicionamento ósseo e muscular, tornando-as mais funcionais. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar o impacto do AMM na VAS em pacientes com birretrusão dos maxilares, além de observar se este movimento proporciona alguma mudança de posicionamento do osso hióide (H) e língua. Foram selecionados 58 pacientes, sendo 34 do sexo feminino e 24 do sexo masculino, com média de idade de 32,6 anos (32,6±11,3), submetidos ao AMM com avanço mínimo de 10mm de mandíbula. As avaliações foram feitas por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico, utilizando o programa Dolphin Imaging versão 11.95, sendo analisados nos períodos pré-operatório (T0) e pós- operatório tardio (T1), entre 12 e 18 meses após a cirurgia. Foi utilizado o teste t pareado para comparar os dados, adotando-se um nível de significância de 5%. Após a cirurgia, para o movimento mandibular, foi observado uma média de avanço de 16,06 mm (16,06±11,92) medido em pogônio (Pg), já para o avanço maxilar, a média foi de 6 mm. A VAS foi então subdividida em duas porções: nasofaringe e orofaringe. Após a quantificação pré e pós-operatória das VAS , para a nasofaringe houve um aumento da área no grupo T1 (317±95,3) em relação ao grupo T0 (285,2±97,9), assim como um aumento do volume e no grupo T1 (8408,3±2327,9) também em relação ao grupo pré-operatório T0 (7373,7±2044). O mesmo foi observado em relação à orofaringe, com um aumento em todas a análises, tanto da área (747,3±290,1; 532,7±191), quanto do volume também no grupo T1 (19232,1±6813,6) em relação ao grupo T0 (13490,3±10448,8), além da área axial mínima, com um aumento significativo no grupo T1 (205,8±84,9) em relação ao T0 (113,6±62,5). Ao analisarmos o posicionamento do H no sentido ântero-posterior, observou-se que o mesmo encontra-se posicionado mais anteriormente no T1 (37±6,9) em relação ao T0 (37,4±5,6), da mesma forma encontrado na língua com uma projeção anterior e, T1 (28,1±5,2) ao comparar com T0 (24,8±5,2). Com este trabalho, conclui-se que o AMM é uma técnica cirúrgica que proporciona um ganho tridimensional significativo das vias aéreas superiores no pós-operatório tardio, tanto em volume quanto em área, com resultado do reposicionamento anterior da base da língua e do osso hióide, melhorando as condições estéticas e funcionais dos pacientes com deficiência dos maxilares. Porém este ganho nem sempre ocorre na mesma magnitude em todos os pacientes.