Análise clínico-histológica da queilite actínica: uma abordagem interexaminadores e correlação de áreas atróficas e não atróficas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Bertini, Fernanda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/87954
Resumo: Uma desordem inflamatória crônica do lábio, decorrente da ação dos raios solares, é a entidade clínica conhecida internacionalmente por queilite actínica. Esta afecção acomete quase que exclusivamente pessoas brancas que têm atividades em ambientes externos ou que despendem muito tempo no sol. Devido à sua progressão lenta, o paciente relaciona o processo como uma decorrência do envelhecimento, ignorando sua natureza evolutiva e cancerizável, e, portanto, possibilitando sua transformação maligna. A QA é mais comum na forma crônica. No entanto, episódios agudos e subagudos podem acometer o indivíduo desencadeando uma reação inflamatória, caracterizada por edema, ulceração, sangramento e dor. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil clínico do paciente portador de QA, assim como avaliar os fatores etiológicos envolvidos e comparar histologicamente áreas atróficas e não atróficas quanto à espessura de queratina, considerando: alterações do epitélio de revestimento (atrofia, hiperplasia e acantose), graus de atipias e o comportamento do tecido conjuntivo. Também foi avaliado o grau de acordo interexaminadores. Foram investigados 48 casos de QA. Dentre os aspectos clínicos presentes a alteração da linha de transição da semimucosa dos lábios com a pele se destacou por estar presente em 44 pacientes (91,67%). No nível do tecido conjuntivo, a presença de elastose solar foi notada em 100% dos casos associada a intensidades variadas de infiltrado inflamatório e vasodilatação. A presença de displasia epitelial também foi vista em quase todos os casos, a exceção de um. O grau de acordo interexaminadores através do teste Kappa variou de substancial a perfeito. Concluímos que clinicamente todas as lesões de QA tinham aspecto multifocal; a radiação actínica tem importante papel na etiologia da QA e hábitos como consumo de fumo e álcool...