Avaliação da microalga Ankistrodesmus gracilis (Reinsch) Korshikov cultivada em meio de macrófita na alimentação de Xiphophorus maculatus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Gustavo Laranjeira de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152768
Resumo: O estudo do cultivo de microalgas na aquicultura é importante para incrementar o conhecimento da biologia das espécies, favorecendo posterior produção em ambientes controlados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento da microalga Ankistrodesmus gracilis em meio de cultura composto por biomassa de Azolla caroliniana e Lemna minor e utilizar a microalga na alimentação do Xiphophorus maculatus visando melhorar o desempenho zootécnico. O experimento com a microalga durou 28 dias em condições controladas e os parâmetros físicos e químicos foram mensurados semanalmente com a avaliação diária do crescimento. A planta L. minor apresentou melhores resultados para macro e micronutrientes, e o crescimento também foi maior no meio de cultura para a microalga A. gracilis (552 x 105 cel mL-1) do que no meio de A. caroliniana (292 x 105 cel mL-1). No meio de cultura de L. minor a microalga A. gracilis apresentou maiores teores de clorofila-a, taxa de crescimento, densidade celular média e máxima e fósforo total. O teor de lipídio foi maior no meio de L. minor e o de proteína foi igual em ambos os meios. O uso de microalga A. gracilis crescida no meio de macrófita, foi utilizada para a alimentação do peixe ornamental Platy (X. maculatus). Para preparação da ração a microalga crescida nos dois meios de cultura diferentes foi liofilizada e adicionada na ração na proporção de 10%. Os tratamentos foram alimento inerte, somente ração (controle); alimento inerte com microalga A. gracilis cultivada em meio de cultura A. caroliniana e alimento inerte com microalga A. gracilis cultivada em meio de cultura L. minor. Em relação ao desempenho zootécnico observou-se diferenças significativas (p<0,05) para o tratamento contendo microalga cultivada em meio de L. minor em relação ao peso final, ganho de peso, taxa de crescimento, consumo, peso inicial e sobrevivência, e o controle obteve o pior desempenho zootécnico. Dentre as duas macrófitas estudadas L. minor demonstrou ser mais eficiente promovendo elevada densidade celular, evidenciando que estas plantas podem ser uma nova ferramenta para o cultivo em laboratório desta microalga, em função do baixo custo, eficiência de produção e disponibilidade do recurso. Para o peixe ornamental X. maculatus a ração contendo a microalga cultivada em meio de cultura L. minor apresentou melhores resultados. Já no de A. caroliniana apesar de inferior a L. minor demonstrou ser melhor que o controle (somente ração), comprovando que as macrófitas além de servirem como meio de cultura para microalga, também podem ser um incremento em rações de peixes ornamentais.