A endemia da malária em Porto Velho (RO): um estudo baseado na análise estatítica espacial de dados multivariados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Simão, Flávio Batista [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102907
Resumo: O município de Porto Velho teve sua ocupação marcada por um sério desordenamento urbano, que resultou, entre outros, em aglomerados populacionais de baixa renda, originados de migrações externas e internas que se assentaram em locais impróprios para a urbanização. Isso deu origem a conflitos sócio-ambientais e de saúde pública, ou seja, contribuiu para uma crescente insuficiência dos serviços de saneamento e para o incremento da pobreza. A deterioração das condições de vida no município criou ambientes favoráveis à proliferação de vetores transmissores de doenças parasitárias, contribuindo para a intensificação da transmissão no meio urbano e para o agravamento do problema de saúde pública, em especial pela malária. A maioria da população portovelhense habita áreas com elevado risco de transmissão, pois vive em locais com ambientes propícios à formação de criadouros dos mosquitos que transmitem a malária, tais como: nascentes, drenagens, áreas alagadas e florestas remanescentes. Há também, em algumas áreas, evidência de vegetação equatorial úmida, de maneira a tornar a cidade vulnerável à proliferação de mosquitos anofelinos, vetores de malária, especialmente em áreas com freqüência de migrantes. O município, hoje, detém pouco mais de 25% dos casos de malária do Estado de Rondônia, isso porque o crescimento populacional acelerado cria uma série de problemas urbanos de infra-estrututa em todos os aspectos. O modelo de políticas públicas atuais não é eficiente na erradicação da doença na área urbana. Em razão dos problemas expostos, esse estudo teve por objetivo mapear as possíveis áreas de maior prevalência do vetor transmissor da doença, associando-as aos problemas sócio-ambientais para que essas informações possam orientar o poder público e a sociedade, com o fim de interferir no controle da endemia eficientemente.