Epidural lombar: estudo anatômico post mortem e clínico em cães submetidos à ovariohisterectomia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cima, Daniela Santilli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192062
Resumo: A anestesia epidural minimiza a dor perioperatória e melhora a recuperação pós- operatória em cães. Para comparar a dispersão de 0,2 mL/kg de bupivacaína 0,25% e iohexol via epidural lombar (L1-L2) guiada pela fluoroscopia entre cadáveres e cães vivos, realizou-se estudo anatômico com 10 cadáveres e 10 cadelas, incluídas no estudo clínico e submetidas à ovariohisterectomia, pesando de 5-15 kg e com escore corporal 4/5. As frequências cardíaca e respiratória, a pressão arterial sistólica e o consumo de fentanil transoperatório e os escores de sedação e dor e o consumo de analgésicos pós-operatórios foram comparados entre os cães submetidos à anestesia epidural lombar (n = 10) com aqueles tratados com 2 µg/kg de fentanil intravenoso antes da cirurgia (n = 10). Como resgate analgésico, administrou-se 0,5 mg/kg de morfina intramuscular. Um grupo submetido à epidural lombar (L1-L2) com bupivacaína 0,5% (n = 10), sem o emprego da fluoroscopia, foi incluído para avaliar a eficácia transoperatória do bloqueio. Em todos os grupos, quando a pressão arterial ou frequência cardíaca aumentaram 20% em relação aos valores pré-incisionais, administrou-se 1 µg/kg de fentanil intravenoso. Comparou-se dados paramétricos pelo teste t e os não paramétricos pelo teste Mann Whitney. As variáveis cardiorrespiratórias foram comparadas pela ANOVA seguida pelo teste de Bonferroni, o consumo de fentanil pelo teste Kruskal Wallis seguido pelo teste Tukey e os escores de dor e sedação ao longo do tempo pelo teste de Friedman seguido pelo teste Dunn. Considerou-se os resultados significativos quando p < 0,05. Os animais vivos tiveram uma dispersão epidural maior (17 ± 3 vértebras) que os cadáveres (11 ± 4 vértebras; p = 0,002). O consumo de fentanil foi de 0,6 ± 0,84, 1,3 ± 0,8 e 3,6 ± 1,3 µg/kg (p < 0,001) nos grupos epidural bupivacaína 0,5% e 0,25% e fentanil, respectivamente. Todas as cadelas tratadas com fentanil necessitaram de resgate analgésico pós- operatório, enquanto apenas uma submetida à epidural. Conclui-se que a dispersão de bupivacaína administrada via epidural entre L1-L2 é menor em cadáveres caninos que em animais vivos. A redução do consumo de fentanil transoperatório pela anestesia epidural lombar é concentração dependente e proporciona analgesia peri-operatória superior ao fentanil.