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O efeito da suplementação isolada de vitamina D sobre os marcadores cardiometabólicos em mulheres na pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Poloni, Priscila Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154356
Resumo: Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação isolada de vitamina D (VD) sobre os marcadores cardiometabólicos em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Foi conduzido ensaio clínico, duplo-cego, placebo-controlado envolvendo 160 mulheres com idade entre 50-65 anos e amenorréia ≥ 12 meses. Foram excluídas mulheres com histórico de doença cardiovascular, diabetes insulino dependente, doença renal crônica, doença hepática, disfunção da paratireóide e usuárias de suplementação de VD. As participantes foram randomizadas em dois grupos: grupo VD, ingestão de colicalciferol 1.000 UI/dia via oral (n=80) ou grupo placebo (n=80). O tempo de intervenção foi de nove meses, com avaliações nos momentos inicial e final. Foram consideradas com síndrome metabólica (SM) as mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: circunferência da cintura (CC) > 88 cm; TG  150 mg/dL; HDL colesterol < 50 mg/dL; pressão arterial  130/85 mmHg; glicose  100 mg/dL. Foram coletados dados clínicos, antropométricos e bioquímicos (colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, glicose e insulina. Os valores séricos de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] foram mensurados por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). A análise estatística foi por Intenção de Tratamento (ITT), empregando-se o Teste t-student, a Distribuição Gama (variáveis assimétricas), teste do Qui-quadrado, ANOVA e a regressão logística (odds ratio-OR). Resultados: Após nove meses, valores médios de 25(OH)D aumentaram de 15,0 ± 7,5 ng/ml para 27,5 ± 10,4 ng/ml (+45,4%, p<.001) no grupo VD, e diminuíram de 16,9 ± 6,7 ng/ml para 13,8 ± 6,0 ng/ml (-18,5%, p=0.049) no placebo. No grupo VD, observou-se redução significativa nos triglicerídeos (-12,2%, p=0,001), insulina (-13,7%, p=0,008) e HOMA-IR (-17,9%, p=0,007). No grupo placebo, houve aumento nos valores séricos de glicose (+6,2%, p=0,009). Não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros antropométricos entre os grupos (p> 0,05). Na análise de risco ajustado para idade, tempo de menopausa e índice de massa corpórea, as mulheres suplementadas com VD apresentaram menor risco para SM (OR 0,42; IC 95%: 0,21-0,83), hipertrigliceridemia (OR 0,43; IC 95%: 0,22-0,85) e hiperglicemia (OR 0,23; IC 95%: 0,10-0,52) em comparação com ao grupo placebo (p <0,05). Conclusões: Em mulheres na pós-menopausa, a suplementação isolada de 1.000 UI de vitamina D3 por nove meses associou-se a menor risco cardiometabólico. As mulheres submetidas à suplementação de VD apresentaram menor risco de síndrome metabólica, hipertrigliceridemia e hiperglicemia que as mulheres no grupo placebo.