Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fogaça, Jéssica da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150291
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Resumo: |
A transfusão de sangue para pacientes oncológicos, sob tratamento quimioterápico, ou imunodeprimidos, está sujeita à rejeição por parte do receptor, devido à incapacidade deste de lidar com determinadas células do sangue do doador (linfócitos T). Esse quadro é conhecido como GVHD-TA (graft versus host disease – transfusionassociated = doença enxerto-hospedeiro), e é fatal em quase 100% dos casos. Outros problemas de ordem clínica podem ocorrer com mais frequência, tais como reações de calafrios, sincopes, febres, distúrbios de pressão arterial, entre outros. Uma técnica eficaz, comprovada para prevenir contra estes sintomas pós-transfusão sanguínea é a irradiação prévia dos hemocomponentes que serão utilizados. Alguns hemocentros utilizam aparelhos destinados exclusivamente para irradiação de hemocomponentes, chamados de “cellirradiator”, os quais são importados, e de difícil aquisição, pois utilizam fontes radiativas de 137Cs, e apresentam elevados custos. Outros serviços de transfusão sanguínea utilizam equipamentos de teleterapia do tipo aceleradores lineares clínicos ou unidades de telecobaltoterapia para irradiação dos hemocomponentes. A distribuição de dose de radiação deve ser o mais uniforme possível, de forma que toda a bolsa de sangue esteja contida no campo de radiação, e que este campo apresente simetria em relação aos seus eixos, garantindo a planura da área irradiada. No Hemocentro do HC da Faculdade de Medicina de Botucatu, os procedimentos de irradiação de hemocomponentes são realizados no Setor Técnico de Radioterapia, utilizando a Unidade de Telecobaltoterapia disponível no setor. Os tempos de radiação são fornecidos pelo físico médico responsável, baseado na tabela de decaimento radioativo da fonte de 60Co.Neste estudo foram realizados experimentos de dosimetria com câmaras de ionização inseridas no campo de radiação durante os procedimentos de irradiação de hemocomponentes. Os resultados apontam uma simetria do campo de radiação em torno de 3,5%, demonstrando uma homogeneidade da dose dentro do recomendado. A pesquisa também apresenta uma análise quantitativa dos procedimentos de irradiação de hemocomponentes realizados no Setor de Hemoterapia do HC-FMB, no ano de 2015 foram realizadas 6.301 irradiações de bolsas de hemocomponentes. O trabalho traz ainda um estudo dos custos operacionais destes procedimentos, os gastos mensais com mão-de-obra de profissionais especializados estão estimados em R$ 8.550,00. O valor de aquisição de um cellirradiator da marca Gama Cell gira em torno de 200 mil dólares, contabilizando este valor com os custos de aquisição de detectores de radiação e acessórios, o custo inicial de aquisição e instalação deste irradiador totaliza R$ 716.500,00. Os experimentos atentam para a necessidade de se garantir o posicionamento correto das bolsas no interior da área irradiada pelo feixe gama do equipamento de teleterapia. |