Cage ancorado versus cage convencional com placa para tratamento de doença degenerativa cervical por via anterior: revisão sistemática e meta-análise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bissoli, André Bortolon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183147
Resumo: Introdução: a doença degenerativa da coluna cervical é prevalente e incapacitante, levando a dor e sintomas neurológicos. A cirurgia de discectomia e fusão por via anterior é bem estabelecida para o seu tratamento, sendo realizada com a colocação de dispositivos interssomáticos (cages) e placas anteriores. Novos cages ancorados prometem diminuir a disfagia pós-operatória deste procedimento. Objetivo: verificar por meio de uma revisão sistemática a efetividade da utilização de cages ancorados na redução de disfagia pós-operatória sem prejuízo dos outros benefícios obtidos com a cirurgia. Métodos: foram pesquisadas as bases de dados Embase, MEDLINE, LILACS, Scopus, Web of Science e Cochrane CENTRAL. Foram reunidos estudos observacionais e experimentais que avaliaram a utilização de cages com placas anteriores e cages ancorados em pacientes com doença degenerativa da coluna cervical. Os desfechos avaliados foram disfagia, aumento do escore JOA, diminuição do escore NDI, fusão pós-operatória, aumento da lordose cervical, tempo de cirurgia, perda intraoperatória de sangue e resultados bons/excelentes pelos critérios de Odom. Para metanálise foi empregado o software RevMan 5.3 fornecido pela Colaboraçao Cochrane. Resultados: o número total de pacientes em 30 estudos selecionados foi de 2178, sendo 1089 em cada grupo. Em 48 horas, 30 dias, 90 dias e 12 meses após a cirurgia, houve menores índices de disfagia no grupo dos cages ancorados, chegando a RR 0,15 (IC95% 0,08-0,27, I2=0%) no último período. Além disso, neste grupo houve também melhora significativa do escore JOA/mJOA (MD 0,35, IC95% 0,25-0,44, I2=0%). Nos demais desfechos, não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos. Não foi realizada meta-análise para os desfechos de tempo cirúrgico e perda intraoperatória de sangue devido à alta heterogeneidade. Conclusão: cages ancorados podem apresentar menores índices de disfagia pós-operatória quando comparados aos cages tradicionais com placa anterior, sem prejuízo de melhora radiológica ou de qualidade de vida. São necessários estudos randomizados com maior número de participantes, e o fator custo deve ser levado em conta ao indicar o procedimento.