Biodegradação de gasolina e óleo diesel utilizando biossurfactantes e Pseudomonas putida com plasmídio TOL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Claro, Elis Marina Turini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152103
Resumo: Grande atenção vem sendo dada a contaminação por hidrocarbonetos resultante das atividades da indústria petroquímica. Dentre as tecnologias utilizadas na remediação e tratamento de áreas impactadas, a biodegradação vem despontando como um dos principais campos de pesquisa em microbiologia, se apresentando como uma técnica bastante eficaz. Dessa forma, o presente trabalho visou estudar a biodegradação de gasolina, óleo diesel e dos compostos benzeno, tolueno, etilbenzeno e o-xileno (BTE(o-)X) por Pseudomonas putida CCMI 852 com plasmídeo TOL pWW0, com aplicação de biossurfactante, para aumentar a biodisponibilidade de compostos hidrofóbicos, produzido por Pseudomonas aeruginosa LBI a partir do soro de ricota, como fonte de carbono e com avaliação da toxicidade com sementes de alface (Lactuca sativa) e genotoxicidade com sementes de cebola (Allium cepa), antes e após a biodegradação. Foi observado um potencial de produção de biossurfactantes do tipo ramnolipídios em soro de ricota como substrato alternativo para produção, com rendimento de 0,45 g L-1 . O monitoramento da biodegradação dos hidrocarbonetos, foi realizado por ensaios colorimétricos utilizando os indicadores redox DCPIP e TTC e a quantificação foi realizada por cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massa (CG/MS). Os testes colorimétricos foram eficientes e bastante eficaz para verificar a atividade bacteriana, indicando o potencial do microorganismo em degradar esses compostos, fato este que comprovou-se pela análise em GC/MS. O plasmídeo TOL pWW0 encontrado naturalmente na linhagem bacteriana P. putida CCMI 852, confere às células a capacidade de degradarem hidrocarbonetos presentes na gasolina mais facilmente em relação ao óleo diesel e que a P. putida CCMI 852 não foi capaz de metabolizar o benzeno, nem individualmente, nem em misturas, indicando a via de degradação da linhagem sendo a via TOL. Em mistura BTE(o-)X, a presença do benzeno ocasionou efeito negativo na degradação do tolueno que apresentou taxa de degradação 33,5% menor do que quando individualmente, enquanto que em mistura, o etilbenzeno aumentou 50,3%. Em misturas ternárias TE(o-)X, os compostos apresentaram maior taxa de degradação em relação à presença do benzeno, com aumento de 14,2% para tolueno, seguido de 4,8% e 2,5% para o (o-)xileno e etilbenzeno, respectivamente. A sequência de degradação encontrada foi tolueno, o-xileno e etilbenzeno. O uso do biossurfactante no processo, não aumentou a taxa de biodegradação. Contudo, ao realizar testes de toxicidade (com sementes de alface) foi observado que na maioria dos ensaios foram produzidos compostos intermediários da biodegradação, mais tóxicos aos organismos-teste do que a substância original. Os testes com A. cepa permitiram verificar potencial genotóxico da gasolina e do óleo diesel biodegradados após 10 dias, por alterações no índice mitótico e mutagênico dos compostos.