Impacto da terapia cervicomandibular na dor crônica e atividade elétrica dos músculos da mastigação e esternocleidomastoideo em pacientes portadores de DTMs e cervicalgia: estudo clínico longitudinal
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/250861 http://lattes.cnpq.br/5231768946867226 |
Resumo: | Terapias conservadoras para o tratamento da dor crônica, como as terapias manuais, vem sendo cada vez mais utilizadas na rotina clínica. Diante disto, os objetivos deste estudo foram avaliar o impacto da terapia cervicomandibular na dor crônica nos músculos cervicais e mastigatórios e de seu tratamento sobre a hipervigilância e catastrofização da dor, dor (limiar de dor à pressão) e avaliar o efeito da dor crônica nos músculos cervicais e mastigatórios sobre a atividade elétrica dos músculos Temporal Anterior, Masseter e Esternocleidomastóideo e seus sintomas, antes e durante a mastigação unilateral prolongada. Foram convidados a participarem deste estudo pacientes com Disfunção Temporomandibular (DTM) muscular e presença de dor crônica nos músculos cervicais da clínica do Núcleo de Diagnóstico e Tratamento das DTMs (NDTDTM) da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. A população alvo foi composta por um grupo com 10 indivíduos. O comportamento de catastrofização foi avaliado pela escala de Catastrofização da Dor (PCS), e a hipervigilância à dor pelo Questionário de Vigilância e Consciência da Dor (PVAQ). A avaliação da dor reportada foi realizada através do DC-TMD, o Índice de Inabilidade do Pescoço (NDI) foi usado para medir a dor no pescoço, o limiar da dor à pressão (algometria) foi realizado nos músculos da mastigação e Esternocleidomastoideo. A atividade elétrica dos músculos masseteres, temporais e esternocleidomatoideos foram realizados durante repouso, MIH, mastigação e foi avaliada fadiga muscular. O protocolo de tratamento foi realizado em 10 semanas. Após o tratamento todas as análises foram repetidas. Os valores foram tabulados e submetidos à análise estatística. Pode-se observar que a melhora funcional da amplitude foi estatisticamente significativa para as três amplitudes mensuradas, a abertura bucal sem dor (ASD) (p=0,001), abertura máxima assistida (AMA) (p=0,003) e abertura máxima não assistida (AMNA) (p=0,006). Conforme a escala NDI, os desfechos foram positivos em relação à quantificação da melhora nos índices de incapacidade após o tratamento conforme apresentado no T1 (p=0,006). Ao se avaliar através da PCS, o comportamento catastrófico dos pacientes de uma forma geral sofreu melhora significativa (Catastrofização: p=0,014), assim como a dimensão da Amplificação (CAT-AMPL:p=0,006) e Desamparo Aprendido (CAT-DESAMP: p=0,027). Já a dimensão de Ruminação e da catastrofização não sofreu melhora (CAT-RUM: p=0,050). A hipervigilância também não se alterou após tratamento (p=0,070). Quanto à atividade elétrica dos músculos da mastigação e pescoço, não se mostraram diferenças significativas no repouso mandibular, bem como na mastigação. Conclui-se que o tratamento cervical e exercícios caseiros realizados pelos pacientes foram capazes de melhorar a amplitude de abertura bucal, de reduzir o impacto da dor cervical sobre as atividades diárias do paciente, de reduzir a dor reportada na face e melhorar a catastrofização da dor, a sua amplificação e desamparo aprendido. |