'Nosso modo próprio de educar': uma análise das implicações entre o educador e o projeto pedagógico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rocha, Márcio Donizetti [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150583
Resumo: Nesta tese, serão apresentados os resultados de um estudo acerca das implicações observadas no processo de formação do educador em sua relação com o projeto pedagógico. Para tal, foram considerados os aspectos presentes no ato de transmitir e de ensinar, bem como o papel de orientar e de sustentar o fazer pedagógico na escola, aspecto que sobrevive aos ventos da inovação educacional internacional. Foram analisadas as implicações geradas no processo de constituição do educador em sua relação com a elaboração do projeto pedagógico, no âmbito de um movimento internacional com assumido propósito de inovação curricular, aspecto que se consolida frente a uma dinâmica de poder considerada como prática de colonização exercida sobre um território fundamental para a definição do horizonte de convívio humano atual. Como objeto de estudo, selecionou-se a prática educacional de uma rede de ensino internacional, sustentada pela congregação religiosa, de filiação católica, das chamadas Filhas de Jesus, a qual possui vínculos explícitos com o campo religioso. Para o desenvolvimento deste estudo, foi empreendida uma revisão das teses de Max Weber - mais precisamente dos seus estudos sobre a Sociologia da Religião - no intuito de conferir perspectivas de superação de uma lógica de captura tal como produzida pelo capitalismo neoliberal na sociedade contemporânea. Em confronto com este olhar voltado para o campo social, buscou-se uma abordagem da filosofia, formulada por Jacques Maritain. Observou-se, assim, o quanto a escola e a educação se encontram sob a captura de uma lógica de colonização do território da crença, presente na atual etapa do modelo capitalista neoliberal, e confirmou-se que o educador perdeu o direito à inocência, de modo que precisa assumir uma posição política diante da conjuntura social, se envolvendo com a dinâmica de poder presente nas relações que dão sustentação à vida.