Impacto da hospitalização e do estado nutricional e síndrome da fragilidade na capacidade funcional de idosos: estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Tatiane Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150412
Resumo: Introdução: Durante a internação hospitalar de idosos, é possível a perda de capacidade funcional (CF), visto que o paciente é retirado do seu contexto familiar e submetido a diversos procedimentos que podem comprometer a realização de suas atividades habituais. Objetivo: verificar o impacto da hospitalização na CF de idosos. Método: Estudo descritivo, prospectivo, de coorte realizado entre 2015 e 2016. Foram avaliados idosos internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp, quanto à CF por meio de avaliação de atividades básicas de vida diária (ABVD) pela escala de Katz, estado nutricional (índice de massa corporal – IMC) e presença de Síndrome da Fragilidade (índice StudyofOsteoporoticFractures – SOF; Fenótipo de fragilidade de Fried). Foi realizada descrição da trajetória da CF conforme o desempenho funcional antes de 15 dias da internação (M0), na internação (M1), na alta hospitalar (M2) e 30 dias após a alta (M3).Foi realizada análise descritiva das variáveis quantitativas com médias e desvio-padrão e para as variáveis qualitativas com frequências e percentagens; análise comparativa entre as médias das faixas etárias e tempo de internação e o tipo de trajetória da CF (testes de qui-quadrao, Anova e Tukey) e análises univariada e multivariada (teste do qui-quadrado e cálculo do risco relativo (RR)) com os desfechos de piora da trajetória entre M0 e M3 e entre M1 e M2. O nível considerado significativo foi p<0,05. Resultados: foram avaliados 99 idosos com média de idade 74 + 7,35 anos, sendo 59,6% do sexo masculino. Referiram independência funcional no M0 81,8% dos idosos, 45,5% no M1, 57,6% no M2 e 72,8% no M3. As trajetórias prevalentes da CF dos idosos foram 31,4/% nos quais os idosos perderam função entre M0 e M1 e recuperaram em M2 e M3 e 25,3% na qual eram independentes em M0, perderam a CF no M1, mantiveram a perda em M2 e recuperaram em M3. Foram considerados eutróficos 39,4% e com baixo peso 38,4% dos idosos. Foram considerados robustos 8% e frágeis 38% dos idosos pelos dois índices. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre as médias do tempo de internação e da idade em relação às trajetórias da CF. A piora da CF entre M0 e M3 foi associada naanálise univariada com o idoso ser frágil (RR: 2,27 IC 95%: 1,30 – 3,97) e ter IMC < 22,9 kg/m2 (RR: 1,79 IC 95%: 1,10 – 2,91) e na multivariada ação com o idoso ser frágil (RR: 4,99 IC 95%: 1,59 – 16,35). A piora da CF entre M1 e M2 mostrou associação com valor de albumina menor que 3,5g/dl (RR: 1,14 IC 95%: 0,38 – 3,40). Conclusão: Dos idosos avaliados 9% perderam CF entre a M0 e M3. As trajetórias funcionais mais frequentes foram as quais os idosos perderam CF durante a internação. A SF foi detectada em 38% dos idosos no momento da internação. Perda da CF entre M0 e M3 foi associada com idoso ser frágil e entre M1 e M2 ter albumina < 3,5 g/dl.