(Des)ordem na fronteira: ocupação militar e conflitos sociais na bacia do Madeira-Guaporé (30/40)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Souza, Valdir Aparecido de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93446
Resumo: Este trabalho aborda os vários projetos de ocupação e colonização agrícola implementados pelo Exército na região de fronteira do vale formado pelos rios Madeira e Guaporé, entre as décadas de 30 e 40 do século XX. A proposta é analisar a atuação dos militares e os debates em torno da construção e da administração do Território Federal do Guaporé, quando foram instalados os primeiros Núcleos Agrícolas e os Contingentes Especiais de Fronteiras, no atual Estado de Rondônia. A colonização implementada pelos militares, ancorada na ideologia do vazio demográfico na fronteira, significou um impacto sobre os modos de vida das populações nativas - seringueiros e índios -, gerando conflitos sociais e étnicos. Confrontando os interesses das elites regionais e seus projetos para a região com os princípios sobre segurança e defesa de fronteiras que norteavam a ação do exército na região, busco recuperar os debates e seus desdobramentos na criação do Território Federal do Guaporé, nos bastidores do Estado Novo. Procuro, também, questionar as mudanças propagandeadas pelo governo federal e elites locais, a partir da implantação da estrutura administrativa do Território, evidenciando as contradições sociais agravadas com a continuidade da política de concentração de terras e dos seus recursos estratégicos e com a instituição de normas militarizadas para administrar a sociedade na região.