Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Calchi, Ana Cláudia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193154
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Resumo: |
Os agentes Anaplasmataceae são α-proteobactérias Gram-negativos intracelulares obrigatórias que são transmitidos principalmente por vetores artrópodes. Embora os mamíferos da Superordem Xenarthra (preguiças, tamanduás e tatus) tenham sido implicados como reservatórios de vários agentes zoonóticos, apenas poucos estudos procuraram detectar agentes Anaplasmataceae neste grupo de mamíferos. Este estudo teve por objetivo investigar a ocorrência e diversidade genética de Anaplasma spp. e Ehrlichia spp. em amostras de sangue e baço de Xenarthra de vida livre de quatro estados no Brasil (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, e Pará). Foram efetuados ensaios de triagem por meio de nPCR e cPCR para detectar os genes rrs e dsb de Anaplasma spp. e Ehrlichia spp., respectivamente. Os ensaios foram positivos em 27,57% (91/330) para Anaplasma spp. e 24,54% (81/330) para Ehrlichia spp. Das 91 amostras positivas para Anaplasma spp., 56,04% foram positivas num ensaio de PCR convencional visando a região intergênica 23S-5S. Análises filogenéticas e de distância baseadas no gene rrs alocaram as sequências de Anaplasma de preguiças (Bradypus variegatus, Bradypus sp., Choloepus spp. e C. didactylus) capturadas nos estados de Rondônia e Pará em um único clado, que estava estreitamente relacionado com o clado de A. marginale, A. ovis, e A. capra. As sequências detectadas nos tamanduás-mirins (Tamandua tetradactyla) de São Paulo foram alocadas em um clado filogeneticamente relacionado com as sequências de Anaplasma spp. detectadas em Nasua nasua, Leopardus pardalis, e Cerdocyon thous no Brasil. Estas sequências foram posicionadas perto das sequências de A. odocoilei. A análise do genótipo corroborou as descobertas anteriores e demonstrou a circulação de dois genótipos distintos de Anaplasma em animais do norte e sudeste do Brasil. O primeiro genótipo era novo. O segundo foi previamente detectado em N. nasua, no estado de Mato Grosso do Sul. As análises da região intergênica também demonstraram dois genótipos distintos de Anaplasma. As sequências detectadas em Xenarthra dos estados do Pará e Rondônia estavam relacionadas com as de A. marginale, A. ovis, e A. capra. Enquanto que as sequências de Anaplasma spp. detectadas em Xenarthra de São Paulo foram alocadas em um clado irmão ao de A. phagocytophilum. As análises baseadas no gene dsb agruparam as sequências de Ehrlichia spp. de São Paulo, Mato Grosso do Sul, e Pará com sequências de E. canis e as de Rondônia e Pará com E. minasensis. Os dados indicam a ocorrência de E. canis e E. minasensis e duas possíveis novas espécies de Anaplasma spp. em mamíferos de vida livre da Superordem Xenarthra no Brasil. |