Avaliação de células germinativas e células de Sertoli em modelo experimental de criptorquidia e orquidopexia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gomide, Lígia Maria Micai [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134282
Resumo: Criptorquidia, ou não descida testicular, é uma das anormalidades urogenitais mais comum em meninos recém-nascidos e um dos principais fatores de risco para a infertilidade e câncer testicular. Tem sido proposto que o criptorquidismo, baixa qualidade espermática, hipospádia e tumor testicular de células germinativas (TTCG) compreendem a síndrome de disgenesia testicular (SDT), que tem origem comum durante a vida fetal. A criptorquidia induz degeneração do epitélio seminífero com depleção de células germinativas, distúrbios em células de Leydig e de Sertoli e diminuição do diâmetro dos túbulos seminíferos. A correcção cirúrgica da criptorquidia (orquidopexia) tem sido utilizada a fim de diminuir o risco de infertilidade e câncer testicular. No entanto, o melhor tempo para realizar esta cirurgia, a fim de obter os melhores resultados tem sido uma preocupação. Além disso, não existe um modelo experimental disponível na literatura que explore alterações morfológicas testiculares associadas à criptorquidia e orquidopexia. Neste estudo, criptorquidismo foi induzido em ratos Sprague-Dawley com 3 semanas de vida; orquidopexia foi realizada em três momentos diferentes (3, 5 e 9 semanas após a cirurgia de criptorquidia), e os animais de cada grupo foram sacrificados após 3 e 8 semanas de recuperação. As análises histológicas e estimativas quantitativas como a média do diâmetro do túbulo seminífero (MSTD), incidência de vacúolos no epitélio, e o número de células de Sertoli por túbulo, alepm da imunoistoquímica para citoqueratina 18 foram realizados para avaliar alterações testiculares após as cirurgias de criptorquidia e orquidopexia. A criptorquidia provocou degeneração e esfoliação de células germinativas, aumento da incidência de vacúolos intra-epiteliais e diminuição da MSTD e dos pesos dos testículos. No grupo de recuperação de 3 semanas, muitas das alterações constatadas na criptorquidia ainda estavam presentes, a gravidade destas alterações foi proporcional ao período em que os testículos permaneceram na cavidade abdominal até orquidopexia. Após o período de recuperação de 8 semanas, a orquidopexia reverteu quase todas as alterações, independentemente do momento cirúrgico em que foi realizada. Em conclusão, a intensidade dos danos no testículo foi maior nos animais que permaneceram criptorquídicos por mais tempo, sem alterações no número de células de Sertoli, mas com uma provável perturbação da sua função. O modelo adotado pode ser útil para estudar alterações testiculares induzidas pelo criptorquidismo e a recuperação potencial do testículo de ratos após orquidopexia.