Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Graziela Ligia da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182185
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Resumo: |
Introdução: Durante o envelhecimento, em mamíferos, é comum o desenvolvimento da presbiacusia, caracterizada por perda de células ciliadas na cóclea associada a alterações nas funções neuronais dos núcleos do sistema auditivo central (SAC) que acarretam prejuízos auditivos. Dentre as alterações neuronais comuns no envelhecimento estão mudanças na expressão neuronal das proteínas ligantes de cálcio (CaBPs), fundamentais para o processamento nas estações da via auditiva, que podem compor assim o mecanismo da presbiacusia. Dentre as possíveis formas de tratamento e/ou prevenção da presbiacusia está a suplementação com substâncias antioxidantes e/ou neuroprotetoras que possam retardar a perda neuronal e/ou alterações funcionais dos neurônios. Dentre estas, o hormônio melatonina, tem demonstrado importante ação antioxidante e otoprotetora que podem ocorrer independente ou dependente dos receptores de melatonina MT1 e MT2. No entanto, não está claro, se nas estações do SAC encontram-se expressos tais receptores e se essa expressão poderia variar no envelhecimento. Considerando que as CaBPs estão alteradas em idosos, propõe-se verificar se estas alterações cursam com possíveis alterações na expressão dos receptores de melatonina no envelhecimento. Tal informação contribuirá para o entendimento dos mecanismos envolvidos na presbiacusia e para investigações sobre possíveis terapias otoprotetoras no envelhecimento. Objetivos: Avaliar a expressão das CaBPs e dos receptores de melatonina MT1 e MT2 em neurônios das estações sinápticas que compõem o SAC em ratos jovens e idosos. Comparar a morfologia dos neurônios imunorreativos as CaBPs entre ratos jovens e idosos. Materiais e Métodos: Cortes encefálicos de ratos jovens e idosos foram processados utilizando a técnica de imuno-histoquímica para identificar as proteínas parvalbumina (PV), calbindina (CB), calretinina (CR) e os receptores MT1 e MT2. Resultados: A densidade de células imunorreativas à PV (PV-ir) foi menor e o volume dos neurônios PV-ir no colículo inferior foi maior no grupo idoso. O número células CB- ir e CR-ir no complexo olivar superior também foi menor no grupo idoso quando comparado ao grupo jovem. No núcleo coclear, o número células CR-ir foi menor no grupo idoso quando comparado ao grupo jovem. No corpo geniculado medial não houve diferença na densidade de células e foi observado diminuição do volume dos neurônios CB-ir no grupo idoso. Houve aumento da expressão de MT1 no núcleo coclear, complexo olivar superior e colículo inferior de ratos idosos. A presença do MT1 foi verificada no corpo geniculado medial apenas no grupo idoso. Foi observado a presença do receptor MT2 na região do núcleo coclear, complexo olivar superior, colículo inferior e corpo geniculado medial apenas no grupo idoso. Discussão: A menor expressão de CaBPs e a alteração morfológica em neurônios CB-ir e PV-ir em núcleos da via auditiva central em ratos idosos indica que estes núcleos sofrem ação do envelhecimento. Já o aumento na expressão do receptor MT1 e a presença do receptor MT2 com o envelhecimento sugere que esta molécula tenha uma importante ação neuroprotetora nos núcleos da via auditiva. Conclusão: As CaBPs apresentaram menor expressão nos núcleos do SAC no grupo idoso. Os receptores de melatonina MT1 e MT2 apresentaram maior expressão nos núcleos do SAC no grupo idoso. O grupo idoso apresentou ainda maior volume dos neurônios PV-ir no colículo inferior e menor volume dos neurônios CB-ir no corpo geniculado medial. |