Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martinez Bengochea, Anabel Lee |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190916
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Resumo: |
A decisão sobre se uma gônada bipotencial se desenvolverá em um testículo ou em um ovário é considerado um estágio crítico na diferenciação sexual dos vertebrados. A administração de esteróides exógenos durante este período pode afetar essa plasticidade, promovendo a diferenciação sexual na direção feminina ou masculina. Dessa forma, o objetivo desta tese foi avaliar os efeitos do tratamento de 17β-estradiol no desenvolvimento de Astyanax altiparanae (lambari), através de análises histológicas e de análises de expressão genica de possíveis genes envolvidos em vias masculinas e femininas. Para isso, larvas com gônadas indiferenciadas foram alimentadas com Artemia contendo diferentes concentrações de estradiol durante 28 dias, desde o 1 dia pós-eclosão (dpe) até o período que precede a diferenciação gonadal. Nossos resultados mostraram que o E2 modificou o fenotípo e a relação sexual histológica e, surpreendentemente, induziu intersexo com com a presença de óvulos nos testículos nas concentrações de 2 e 6 mg de E2/kg de alimento. Esses dados são uma evidência clara de que o tratamento utilizado não foi suficiente para induzir a reversão completa do sexo em A. altiparanae. Em termos de expressão gênica, o tratamento com E2 (6 mg/kg de alimento) produziu uma notável plasticidade gonadal entre machos e fêmeas aos 90 dias após a eclosão (dph). Os machos, denominados “machos resistentes ao estradiol”, superexpressaram os genes masculinos, como dmrt1, sox9 e amh. Dessa forma, nós sugerimos esses machos foram capazes de resistir à feminização induzida por estradiol, aumentando a expressão de genes relacionados à diferenciação testicular. Interessantemente, também encontramos fêmeas derivadas de estradiol com maior expressão de genes masculinos como dmrt1 e sox9. Em conclusão, nossos resultados mostraram que menores concentrações de E2 administradas durante o desenvolvimento larval induziram uma reversão incompleta do sexo masculino para feminino em A. altiparanae e produziram uma complexa plasticidade gonadal genética a 90 dph. |