Produtividade, absorção e exportação de nutrientes pela batata-doce sob diferentes níveis de fornecimento de potássio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Figueiredo, Ricardo Tajra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/243387
Resumo: O potássio (K) é um elemento essencial no crescimento e no desenvolvimento da batata-doce, compreender como ele se relaciona com demais nutrientes, e entender como ele interfere no crescimento e no acúmulo de nutrientes pelas plantas pode diminuir as perdas e consequentemente aumentar a produtividade. Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a produtividade de raízes, a absorção e exportação de nutrientes pela batata-doce em resposta a adubação potássica em condições distintas de disponibilidade de K no solo. Para isso foram conduzidos quatro experimentos, sendo três em campo e um na casa de vegetação. Foram conduzidos três experimentos em solos arenosos em campo, com diferentes teores iniciais de K, ou seja, em Braúna foi conduzido um experimento em solo com baixo (≤ 0,7 mmolc dm3) e outro médio (0,8-1,5 mmolc dm3) teor de K, e em São Manuel foi conduzido um experimento, em solo com alto teor de K (> 1,5 mmolc dm3). Em cada experimento de campo, o delineamento foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram analisados sete tratamentos, no esquema fatorial 1+2x3. Os tratamentos foram representados por uma testemunha sem K, duas épocas de aplicações das doses de potássio [1- o K foi parcelado com metade das doses no momento do plantio e o restante em cobertura aos 40 dias após o plantio (DAP) (2ap)] e [2- três aplicações de potássio no plantio, aos 40 e aos 90 DAP (3 ap)] combinadas com três doses de K2O (60, 120 e 240 kg ha-1). O K foi fornecido como KCl e as doses foram aplicadas conforme os tratamentos. Já o experimento de casa de vegetação foi conduzido no Centro de Raízes e Amidos Tropicais em Botucatu-SP, em vasos de 25 L, contendo solo. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, no esquema fatorial 5x6 com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por cinco épocas de coleta (35, 60, 85, 110 e 150 DAP) combinadas com 6 níveis de K no solo [1 – solo com baixo teor de K e sem aplicação de K (B-K0), 2 – solo com baixo teor de K e com aplicação de K (B-K100), 3 – solo com médio teor de K e sem aplicação de K (M-K0), 4 – solo com médio teor de K e com aplicação de K (M-K100), 5 – solo com alto teor de K e sem aplicação de K (A-K0), 6 – solo com alto teor de K e com aplicação de K (A-K100)]. Os níveis baixo, médio e alto de K corresponderam aos teores aproximados de 0,7, 1,5 e >3,0 mmolc dm-3, respectivamente. Solos com baixa disponibilidade de K apresentaram melhores respostas para a adubação. A adubação potássica aumentou o crescimento da planta, a massa seca (MS) da parte aérea e a produtividade das raízes nos solos com baixa, média e alta disponibilidade de K em até 191, 142 e 89 kg ha-1 de K2O, respectivamente. Aumentos na absorção de N, P, Ca, S, Cu, Fe, Mn, B e na exportação de N, P, Mg, Mn foram proporcionados pela adubação potássica. O excesso da adubação potássica reduziu a absorção de Mg e Zn, além de reduzir as exportações de B, Cu e Zn, e vale ressaltar que em solos com alta disponibilidade de K a adubação diminuiu a exportação de Ca e S. O tratamento B-K0 foi o que apresentou maior número de folhas, comprimento da rama resultou no maior acúmulo da MS da parte aérea. Além de que esse tratamento obteve a maior área da superfície e comprimento radicular. As raízes foram formadas a partir dos 60 DAP, a absorção e a exportação maior dos nutrientes foi entre os 85 a 110 DAP. A adubação potássica interferiu na absorção dos nutrientes do experimento de casa de vegetação com aumento da absorção de N, Ca, B, Fe, Mn e Zn e a adubação não interferiu na exportação desses nutrientes.