Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Cleisy Ferreira do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154117
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Resumo: |
Em dietas com teores elevados teores de amido, fornecidas a ruminantes podem apresentar subaproveitamento em relação ao tempo de permanência da digesta no rúmen, assim, considerando que a digestão é mediada por enzimas presentes na composição dos microorganismos ruminais, a adição de isoenzimas exógenas pode potencializar o aproveitamento da dieta. Desta forma, o objetivo do trabalhofoi avaliar os efeitos da adição de extrato de Aspergillus oryzae contendo alfa - amilase em dietas com elevada inclusão de concentrado no metabolismo e desempenho de bovinos Nelore. O experimento foi conduzido no confinamento individual da estação experimental APTA - Colina / SP / Brasil. Foram utilizados dois delineamentos distintos para avaliar o metabolismo (Exp. 1), e o desempenho (Exp. 2). No Exp. 1 (Metabolismo) foram utilizados dez bovinos Nelore, (5 animais por tratamento), canulados no rúmen, com peso corporal inicial (PCI) 400 ± 25 kg e idade média 24 meses, em um delineamento em esquema crossover e distribuídos em dois tratamentos: Controle (ausência de alfa-amilase) e adição de Amilase (5g/animal/dia de extrato de Aspergillus oryzae alfa-amilase – Amaize®, Alltech, Inc). A dieta foi isoprotéica fornecida ad libitum foi formulada para conter 2,96 Mcal/kg de Energia Metabolizáve (EM)l. A fermentação ruminal foi mensurada a partir de amostras de flúido ruminal coletadas ao final de cada período de 25 dias do total de 125 dias de período experimental. Enquanto que as amostras de sangue foram coletadas no início e final deste mesmo período. A digestibilidade e balanço de compostos nitrogenados foram mensurados concomitantemente, por meio de coleta total de fezes e urina, respectivamente (3 dias consecutivos). No Exp. 2 (desempenho) foram utilizados quarenta e dois bovinos Nelore, não castrados, com PCI de 353 ± 13 kg e idade média de 24 meses, alocados em baias individuais, em um delineamento experimental em blocos casualizados (PCI foi considerado o critério de blocagem). Os tratamentos e a dieta foram os mesmos descritos para o metabolismo, com 21 animais por tratamento. Os dados foram analisados utilizando o procedimento MIXED do SAS, as diferenças entre as médias foram comparadas pelo teste t com 5% de probabilidade e tendências discutidas entre 5 e 10% de probabilidade. A concentração de propionato foi 8,72% maior para animais recebendo Amilase (P = 0,027), apresentando tendências de diminuição na concentração de acetato e consequentemente na relação acetato:propionato (P = 0,088). A concentração de insulina plasmática nos animais que receberam Amilase tendeu a ser menor (P = 0,062). A digestibilidade da PB tendeu a ser maior (P = 0,064), assim como para a digestibilidade da FDN em animais que receberam Amilase (P = 0,066). O balanço de compostos nitrogenados não sofreu efeito do uso da Amilase (P = 0,904). Entre as características de desempenho, o PC final, peso de carcaça quente (PCQ) e os ganhos tanto em PC quanto em peso de carcaça tenderam a ser maior para animais que receberam Amilase (P = 0,092), o que corresponderia a quase 9 kg a mais de peso de carcaça em comparação com animais do grupo controle. Para as características de qualidade da carne, houve diferenças para a cor L * (luminosidade) (P = 0,041) e tendências para a cor b * (amarelada) (P = 0,074). A cor L * (37,80 vs. 40,01) e b * (13,98 vs. 15,33) apresentaram valores mais baixos em animais que receberam Amilase, comparados com o controle, respectivamente. O teor de ácidos graxos hipocolesterolêmicos foi maior para animais alimentados com Amilase (P = 0,049), correspondendo a 5,92% superior em comparação ao grupo controle. O uso de extrato de Aspergillus oryzae contendo alfa - amilase aumenta a utilização da dieta por meio da melhor digestibilidade da PB e fibra, assim como pela maior concentração de propionato no rúmen que implicará em melhor desempenho tanto pelo ganho em peso, quanto pelas características de qualidade de carne. |