Mulher-Maravilha ao longo da história: ícone de empoderamento questionável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gava, Luana Maria [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213741
Resumo: O presente trabalho, situado teoricamente na filosofia da linguagem do Círculo de Bakhtin, tem como objetivo investigar a ambivalência da representação da Mulher-Maravilha como um ícone de empoderamento e não-empoderamento feminino, contextualizado por meio de suas Histórias em Quadrinhos de diferentes momentos sócio-histórico-culturais. O corpus, portanto, é composto por seis revistas que representam fases da Mulher-Maravilha ao longo da história, estas são: All-Star Comics nº8 (1941); Wonder Woman vol. 1 nº179 (1968); Wonder Woman vol.2 nº2 (1987); Wonder Woman vol.3 nº17 (2008); Wonder Woman vol.4 – The New 52 nº3 (2011); Wonder Woman Rebirth – One Shot (2016). Propõe-se, também, uma análise verbivocovisual (PAULA, 2017) da super-heroína, em que as três dimensões da linguagem – verbal, visual e sonora – são entendidas de maneira integrada. Além disso, procura-se refletir sobre as vozes sociais reveladas pelo sujeito Mulher-Maravilha, como um reflexo e uma refração (ou distorção) dos momentos e lugares históricos que circula sua imagem. A pesquisa justifica-se por promover questionamentos a respeito de um assunto tão em voga na contemporaneidade: o empoderamento da mulher. Para tanto, concepções bakhtinianas foram elencadas para guiar a pesquisa, como dialogia, enunciado, signo ideológico, sujeito e voz social. Metodologicamente, a pesquisa se baseia na dialética-dialógica (Paula et. al., 2011), realizada por meio do cotejamento do corpus com outros enunciados responsivos a ele. Os resultados apontam que a Mulher-Maravilha se mostra, ao mesmo tempo, empoderada e não-empoderada, o que comprova sua ambivalência. Por meio das análises, observa-se que os seguintes aspectos a constituem: seu corpo, cujas formas são muito sexualizadas; seus apetrechos, cujos valores remetem ao sadomasoquismo; e o sacrifício feito diversas vezes pela super-heroína, seja por amor ou por ser uma mulher maravilha.