Fluxo, improvisação e padrões que conectam: uma etnografia do musicar na Música do Círculo e suas implicações para a educação musical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferlim, Uliana Dias Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243961
Resumo: Esta pesquisa trata da apresentação e descrição densa da comunidade da Música do Círculo (MdC), grupo de pessoas que atuam desde São Paulo. A MdC congrega ações que envolvem corpo, voz e movimento em contexto urbano, organiza e compartilha modos de fazer, aprender e ensinar música que incluíram experiências online no ano de 2020. Os objetivos almejam desvendar o universo da MdC para compreender melhor o seu fazer musical e, a partir disto, discutir a força da música e do musicar nessa comunidade e levantar implicações para a educação musical. A investigação utiliza procedimentos etnográficos presenciais, virtuais e autoetnográficos. Para tanto, recorre à observação participante, a entrevistas semiestruturadas, e à produção de dados por fontes escritas e não-escritas tais como áudios e vídeos. A etnografia virtual subsidia a interpretação do fenômeno que se adaptou/relacionou ao ambiente virtual por força da pandemia do coronavírus no ano de 2020 e a autoetnografia é incluída por se tratar de experiências que remetem a vivências da pesquisadora na comunidade da MdC. Por meio dessas abordagens metodológicas e dos referenciais centrados no conceito do musicar (SMALL, 1998) e na teoria da interação humano-música (DeNORA, 2000) identificam-se os seguintes resultados: o musicar na MdC é caracterizado pela busca de padrões para conectar, sônicos, de movimentos, de palavras-poesia; pela promoção do “fluxo” (entrainment); pelo improviso como cocriação; pela busca do “estar junto” e a busca por constituir comunidades. A vivência online deu subsídios à identificação do ponto de escuta, da memória do presencial, e aos conceitos de musicar objetivo (o musicar DA MdC) e musicar subjetivo (musicar NA MdC).