Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rossato, Solange Pereira Marques [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/133984
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Resumo: |
O presente estudo teórico desenvolve uma reflexão sobre a constituição histórica da atividade docente na educação especial, a partir das contribuições da teoria da Psicologia Histórico-Cultural que se alicerça nos fundamentos teórico-metodológicos do materialismo histórico-dialético. A reflexão visa alcançar a realidade concreta do objeto investigado, para além da descrição da aparência imediata do fenômeno. Discute-se, portanto, a particularidade do modo como essa docência ocorre, situando-a no quadro das relações universais em que se constitui, pois no trabalho singular do professor estão postas as relações dialéticas entre singular-particular-universal. Para tanto, a análise supera a perspectiva biologicista e naturalizada das condições do sujeito, dadas como imutáveis. Focaliza nas possibilidades concretas de existência, das relações estabelecidas com outros sujeitos na produção dos meios e bens requeridos às suas necessidades em determinada sociedade, por meio da atividade de trabalho e, por uma educação escolar organizada, intencional e rica de possibilidades de mediações na apropriação do que há de mais elaborado na cultura humana. Sob tais diretrizes, consideramos o desenvolvimento histórico de proposições voltadas à educação das pessoas com deficiência, para o que se aplicou a análise das condições materiais de organização da educação regular, da criação e expansão da educação especial, com destaque para a atividade docente realizada, o que pressupôs compreendê-la em sua processualidade e no desvelamento de sua concretude. Tal entendimento possibilitou compreender que o trabalho do professor nesta modalidade de ensino é um produto do devir, do processo histórico e, desse modo, carrega as marcas de como se constituiu ao longo da história, cuja prática docente ainda se restringe a atividades repetitivas e preparatórias do desenvolvimento sensorial de habilidades básicas, elementares, muito mais restritas a vigiar, cuidar e assistir do que em oferecer diversas e ampliadas possibilidades de apropriação do conhecimento. Assim, com a propriedade privada dos meios de produção, os sujeitos (professores e alunos) são despojados das apropriações das objetivações humanas genéricas, resultando na limitação das possibilidades de desenvolvimento pleno dos mesmos, o que pudemos ver nas proposições políticas de atuação e formação de professores. Por fim, consideramos que a Psicologia Histórico-Cultural, à luz do materialismo histórico-dialético, pode oferecer os instrumentos teórico-metodológicos fundamentais à formação dos professores, em prol de uma atuação que priorize o desenvolvimento de potencialidades e da compreensão da realidade para além de sua aparência e em favor da emancipação humana, enquanto um projeto social e histórico. |