Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fujimoto, Andréia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151149
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Resumo: |
O setor citrícola é o maior produtor de frutos no mundo, porém, encontra-se ameaçado por diversos patógenos, dentre esses, o fungo Phyllosticta citricarpa, agente causal da mancha preta dos citros. Como alternativa à utilização de fungicidas sintéticos para o controle do patógeno, o controle biológico, utilizando bactérias do gênero Bacillus, apresenta destaque. Tais microrganismos possibilitam o biocontrole pela produção de compostos orgânicos voláteis ou não voláteis. Sendo assim, este trabalho teve por objetivos: identificar os isolados de Bacillus spp. por meio de técnicas moleculares; avaliar a produção de compostos orgânicos voláteis produzidos por Bacillus spp. em diferentes meios de cultura; verificar os seus efeitos na evolução dos sintomas da doença em frutos de laranja, na morfologia de P. citricarpa em lesões de mancha preta e na indução de resistência, identificar os compostos voláteis por cromatografia gasosa unidimensional e finalmente, avaliar o efeito de diferentes meios de cultura no antagonismo e metabolismo secundário dos isolados de Bacillus. Os isolados bacterianos foram identificados como pertencentes às espécies de Bacillus subtilis, B. amyloliquefaciens e B. methylotrophicus. Os resultados mostraram que houve maior controle do patógeno, em decorrência da produção de voláteis, quando se utilizou os meios triptona de soja ágar (TSA) e caldo de triptona (TSB) para cultivo da bactéria, apresentando valores de inibição da colônia do fungo de até 73%. Com relação ao efeito dos compostos voláteis na evolução dos sintomas da doença, verificou-se que os melhores resultados, em termos de inibição (86%) de manchas sardentas que evoluíram para manchas duras, foram obtidos com o ACB-65 e ACB-73, quando cultivados em meio de cultivo TSB. Tais antagonistas causaram deformações nas hifas do patógeno, que podem explicar a não evolução dos sintomas da doença, como relatado anteriormente. Os voláteis de Bacillus spp. não foram capazes de ativar a atividade de enzimas indicativas de indução de resistência em frutos de laranja. As frações voláteis produzidas pelas bactérias foram identificadas e apresentaram álcoois, cetonas, aminas, éteres, aldeídos, fenóis e ácidos carboxílicos que podem servir como arsenal contra o fitopatógeno. Em relação ao efeito de diferentes meios de cultivo no antagonismo microbiano e no metabolismo secundário dos isolados de Bacillus, não houve diferença significativa entre os meios testados, porém proporcionaram redução significativa da colônia do fungo. Os metabólitos difundidos no meio de cultura foram identificados e apresentaram dois tipos de antibióticos, as iturinas e as surfactinas. O presente trabalho demonstrou o potencial de compostos orgânicos voláteis e não voláteis produzidos por Bacillus spp. no controle de P. citricarpa in vitro e in vivo, sendo uma alternativa ao uso de fungicidas sintéticos para o controle da mancha preta dos citros. |