Potencial antifibrótico de substâncias bioativas vegetais: viabilidade celular e atividade funcional de fibroblastos pulmonares humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Reis, Karoline Hagatha dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183535
Resumo: A paracoccidioidomicose (PCM) é micose sistêmica causada por fungos do gênero Paracoccidioides; suas principais formas clínicas são aguda/subaguda e crônica (FC). Apesar do tratamento antifúngico ser eficaz, a maioria dos paciente com a FC da doença apresentam sequelas, incluindo fibrose pulmonar. Sabe-se que o estabelecimento da fibrose na PCM é um processo precoce e sua relação com o tratamento antifúngico não é bem esclarecido. As plantas possuem o chamado metabolismo secundário e, portanto, são utilizadas para fins terapêuticos desde os primórdios. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar novos candidatos terapêuticos com propriedades anti-fibróticas frente a fibroblastos pulmonares humanos a partir de espécies do gênero Piper, Peperomia, Davilla, Eugenia e Silybum. Além de avaliar o efeito da associação da silimarina ao antifúngico cotrimoxazol (CMX) em modelo experimental murino da PCM. Nossos resultados demonstraram potencial pró-fibrótico das espécies Piper aduncum, Piper gaudichaudianum e Piper arboreum, induzindo maior produção de pró-colágeno I em fibroblastos pulmonares humanos. Entretanto, o alcaloide/amida comumente isolado do gênero Piper, a piplartina, apresentou potencial anti-fibrótico, reprimindo a produção de pró-colageno 1. Além de verificarmos que a associação da silimarina e CMX exibe um potencial antifibrótico e uma resposta pró Th1. Por outro lado, a silibinina isolada, componente majoritário da silimarina, não apresentou diferença quanto a produção de pró-colágeno 1. Nossos resultados são promissores, uma vez que demonstram pela primeira vez o efeito protetor da piplartina na fibrose pulmonar e o uso da combinação terapêutica silimarina e CMX no tratamento da PCM pulmonar.