Desempenho e parâmetros ósseos de bovinos nelore submetidos ou não à suplementação fosfórica durante o período de confinamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Vinícius Carneiro de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138124
Resumo: Este estudo avaliou o efeito da suplementação fosfórica (SP) sobre o consumo de nutrientes, desempenho, parâmetros ósseos, qualidade de carne e a utilização do fósforo (P) por bovinos Nelores, durante o período de confinamento. Para tanto, utilizou-se 42 novilhos com peso médio inicial de 296±25 kg distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com 3 tratamentos e 14 repetições. A dieta era formada por bagaço de cana (200g/kg na MS) e concentrado (800g/kg na MS). Os tratamentos dietéticos foram: sem a adição de P suplementar (T1), núcleo mineral comercial (T2) e fosfato bicálcico (T3). Os teores porcentuais de P na MS foram 0,24; 0,42 e 0,50, respectivamente. Foram avaliados os consumos de MS, PB, FDN, Ca, P e Mg, bem como a absorção aparente, retenção, excreção fecal e urinária de P, o desempenho animal e as características da carcaça. As avaliações da qualidade óssea consistiram na determinação da composição química óssea, densidade mineral óssea (DMO) e densidade em água (DA), além dos valores séricos de cálcio (Ca), P, magnésio (Mg), paratormônio (PTH), fosfatase alcalina (FA) e a concentração de P na saliva e no líquido ruminal. Os consumos de MS, PB e FDN foram similares entre os grupos que receberam ou não a SP (P>0,05). As ingestões de Ca e Mg foram superiores nos tratamentos em que se adicionou o núcleo comercial ou o fosfato bicálcico (P<0,05). O consumo, a retenção e a excreção de P foram influenciados pelo aumento do teor de P nas dietas experimentais (P<0,05). O desempenho e as características de carcaça não foram afetados pelo teor de P na dieta (P>0,05). A suplementação com P aumentou significativamente a excreção de P através das fezes e da urina e os custos da dieta. Os animais submetidos ou não à suplementação fosfórica, tiveram teores de Ca, relação Ca:P e DMO da 12ª costela semelhantes (P>0,05). No entanto, os animais dos tratamentos T1 e T3 tiveram redução dos teores de magnésio nas costelas ao longo do estudo (P<0,05). Os animais do tratamento sem fósforo suplementar tiveram menor espessura da cortical dos metacarpos (P<0,05), sem comprometer a sua resistência e rigidez (P>0,05). Durante todo o período experimental, nenhum animal foi positivo no teste da agulha realizado nos processos transversos das vértebras lombares. Não houve efeito da suplementação fosfórica sobre a concentração de Ca e P no soro dos animais (P>0,05). Porém, a inclusão de núcleo mineral no tratamento T2 resultou em maior concentração de Mg no soro (P>0,05). A suplementação fosfórica alterou de forma significativa os níveis de paratormônio (PTH) e fosfatase alcalina (FA) no soro (P<0,05) e os animais do tratamento T1 tiveram as menores concentrações circulantes destes hormônios. Nas condições brasileiras, bovinos confinados ingerindo elevadas quantidades de concentrados não necessitam de suplementação com P e o teor de P (0,24 % na MS), utilizado no tratamento sem P suplementar foi suficiente para atender as exigências dietéticas dos animais. Menores teores de P podem até serem adequados, mas não foram testados neste estudo. A suplementação com P aumentou consideravelmente a excreção de P através das fezes e urina e os custos com alimentação dos animais.