O curso de canto da UNESP: o impacto do ensino superior no discurso dos seus egressos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Velho, Homero Antonio Strini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181312
Resumo: Esta tese de doutorado investiga como os egressos do curso de bacharelado em música-habilidade canto da UNESP avaliam sua educação universitária e o impacto que eles acreditam que essa sobre suas trajetórias profissionais. Esta tese encontra respaldo no crescente interesse de IES nos estudos de egressos como método de avaliação institucional. Através de uma abordagem metodológica mista (quantitativa e qualitativa) foi possível traçar as trajetórias musicais e profissionais dos egressos do curso de canto desde o período pré-universitário, passando pelos anos de graduação e escolhas profissionais após a conclusão do curso. A análise dos dados coletados utilizou-se da teoria de campos do sociólogo francês Pierre Bourdieu, que serviu tanto para delimitar um “campo vocal” dentro das atividades profissionais existentes na grande área de música, quanto para explicar como a universidade, pertencente ao campo acadêmico, ignora as especificidades inerentes à área da música, pertencente ao campo da produção artística. O enfraquecimento dos conservatórios e a derrocada do ensino musical na educação básica brasileira transformaram o curso superior em música em uma versão reestruturada do modelo conservatorial. Os resultados nos mostram que a maior parte dos egressos investigados buscavam na UNESP uma formação musical institucional estruturada. Embora o curso de canto tenha sofrido críticas específicas relativas ao seu funcionamento, a maior parte dos egressos consegue se manter economicamente ligada à música, mesmo que nem todos tenham conseguido se posicionar profissionalmente da maneira que desejavam ao ingressar na universidade. O mercado para os cantores líricos no país, reflexo do descaso sistêmico da música erudita como parte de uma política cultural nacional, não é capaz de acomodar a contento o número de cantores que se formam todos os anos nas universidades brasileiras.