A representação corporal e a discriminação de gênero em meninas participantes de um projeto social de basquetebol da cidade de Araraquara – SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mazon, Elaine Cristina Braga [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202885
Resumo: O presente estudo aborda a representação corporal e a discriminação de gênero em meninas inseridas em um projeto social de basquetebol da cidade de Araraquara-SP, considerando aspectos como contato físico, características pessoais, a trajetória de vida na modalidade esportiva em questão, a imagem corporal e os pontos que evidenciam a representação corporal no grupo investigado. Por meio de entrevista realizada com as alunas, pôde-se perceber os conflitos existentes nas diferenças de sexo, a luta das jovens dessa modalidade para conseguir um espaço dentro das quadras esportivas, o estilo que cada uma possui seja no ambiente esportivo ou fora das quadras, incluindo o modo de falar, vestimenta, avaliação da aparência entre as meninas pertencentes a um mesmo grupo, curiosidades e formas de expressão. Adicionalmente, apresenta relatos de lutas e transformações no basquetebol feminino. Os resultados apontam haver discriminação indireta de gênero na prática do basquetebol feminino, imposta pela sociedade sobre os padrões culturais e os tipos físicos. Sob esta perspectiva, tal discriminação parece atuar como selecionadora, pois evidencia padrões e diz quem pode se enquadrar, ao mesmo tempo que serve como instrumento de manipulação de pessoas, alienando-as e desrespeitando seus direitos. Fica evidente que as mulheres são categoricamente tachadas como fisicamente frágeis quando comparadas aos homens; que seus corpos são dotados de docilidade e sentimentos afetivos, qualidades estas negadas aos homens; e que sua condição materna deve ser preservada, como garantia de perpetuação da espécie. Por fim, o ambiente esportivo favorece o desenvolvimento do espírito guerreiro, o que parece ser uma condição negada às mulheres.