Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Batista, Ana Laura Galvão. [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/259889
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Resumo: |
O presente trabalho investiga as apropriações do simbólico popular rural argentino pelo populismo peronista (1946-1955) como elemento crucial para o seu projeto de reconfiguração da identidade nacional através da análise de políticas culturais empreendidas pelo regime. Em resposta às transformações sociais, econômicas e políticas que marcam a Argentina das décadas de 1940 e 1950, sobretudo a intensificação dos movimentos migratórios saindo das províncias do interior campesino rumo à capital Buenos Aires a partir da década de 1930 e a consequente emergência de uma cultura de massa no país, o peronismo se utilizaria dessas iniciativas no âmbito da cultura para afirmar uma determinada sensibilidade nacional comum mediante um discurso massivo pautado na continuidade entre o imaginário das massas (presente) e a memória popular em suas várias formas de expressão (passado). Para tal, serão analisadas duas documentações derivadas de políticas culturais do governo as quais tomam o universo folclórico como eixo comum. São elas, respectivamente: 1) O Manual-guía que orienta o processo de recopilação e classificação de expressões da memória oral das populações do interior da província de Buenos Aires pelos colaboradores da Encuesta Folklórica General del Magisterio, lançada em 1951 pelo Instituto Nacional da Tradição (1943-1955); 2) A revista Mundo Radial (1949-1957) – integrada ao monopólio peronista dos meios de comunicação – e seu projeto editorial voltado à construção de um imaginário favorável ao universo rural e ao cancioneiro folclórico no meio do entretenimento urbano através da seção temática Nuestro Folklore. Desse modo, demonstraremos como os âmbitos da cultura e dos meios de comunicação de massa, durante os dois primeiros mandatos de Perón, constituíram espaços privilegiados de mobilização de pertencimentos sociais, culturais e políticos precípuos para a garantia do consenso populista necessário à manutenção da hegemonia peronista. |