Os significados do acolhimento institucional de crianças e adolescentes sob a perspectiva dos profissionais do judiciário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pavanello, Mara Cristina Lourenço Lara Leite [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97543
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo o estudo e a análise das concepções, opiniões e significados atribuídos pelos assistentes sociais e psicólogos ao acolhimento institucional prolongado de crianças e adolescentes e seus possíveis desfechos, entre os quais a destituição do Poder Familiar. A entrevista psicológica foi escolhida como instrumento de pesquisa, e foram entrevistados cinco profissionais, a saber, dois assistentes sociais e três psicólogos das Varas da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, que trabalham em comarcas do interior do Estado. O método de análise pauta-se em referenciais psicanalíticos, partindo-se do pressuposto de que o modo como esses profissionais significam a família e o abandono interfere em sua prática cotidiana. Os resultados apontam para concepções como o mito do amor materno e a idealização da família, elementos presentes na avaliação dos casos. Os profissionais revelam ter alguma consciência e crítica dessas percepções e procuram superar esse modelo, para indicarem a medida mais conveniente a cada situação apresentada. O conteúdo das entrevistas evidencia também a necessidade do investimento na formação profissional dos assistentes sociais e psicólogos, a importância da psicoterapia pessoal e de espaços de supervisão e troca de experiências, possibilitando a problematização da prática, objetivando a mudança na qualidade do trabalho desenvolvido com as crianças, os adolescentes e suas famílias, especialmente no que tange à superação de modelos ultrapassados para paradigmas mais atuais, que efetivamente propõem o enfrentamento da situação dessa população.