Mix de plantas de cobertura no manejo de meloidogyne e pratylenchus brachyurus na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Ana Paula Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251009
Resumo: Chama-se de mix de plantas de cobertura as misturas de sementes de diferentes espécies vegetais cujos benefícios ultrapassam o uso de uma única cultura, que podem influenciar diretamente na comunidade microbiana dos solos. Somando-se a isso, o uso de nematicidas biológicos e químicos constituem-se como uma forma eficiente de manejar nematoides parasitas de plantas, mas pouco se sabe sobre seu uso associado aos mix. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a reação de 11 espécies vegetais utilizadas em mix de plantas de cobertura a Meloidogyne enterolobii, M. incognita e Pratylenchus brachyurus; selecionar mix resistente a M. javanica e associar os mesmos ao manejo biológico e químico em solos autoclavados e não autoclavados e avaliar a atividade das enzimas beta-glicosidase e fosfatase ácida nos tratamentos. Em pelo menos um dos experimentos, o trigo mourisco ‘IPR 91 Baili’ foi suscetível (FR ≥ 1) a M. enterolobii, M. incognita e P. brachyurus. O tremoço-branco cv. comum, aveia branca ‘URS Altiva’, aveia preta ‘Iapar 61’ (Ibiporã), aveia preta ‘Embrapa 139’ (Neblina) foram suscetíveis para M. enterolobii, M. incognita e resistente (FR<1) e/ou imune (FR=0) para P. brachyurus. O centeio ‘IPR 89’e o nabo forrageiro ‘IPR 116’ foram suscetíveis para M. incognita, P. brachyurus e resistentes a M. enterolobii. O milheto ‘BRS 1501’e a aveia preta ‘Embrapa 29’ (Garoa) foram suscetíveis para M. incognita e resistentes/imunes para M. enterolobii e P. brachyurus. A B. ruziziensis foi considerada resistente a M. enterolobii, M. incognita e suscetível a P. brachyurus. A aveia branca ‘URS Corona’ foi a única planta considerada resistente e/ou imune para M. enterolobii, M. incognita e P. brachyurus. O trigo mourisco ‘IPR 91 Baili’, tremoço-branco cv. comum, aveia branca ‘URS Altiva’, aveia preta ‘Iapar 61’ (Ibiporã), aveia preta ‘Embrapa 139’ (Neblina), centeio ‘IPR 89’, nabo forrageiro ‘IPR 116’, milheto ‘BRS 1501’, aveia preta ‘Embrapa 29’ (Garoa) foram suscetíveis (FR>1) a M. javanica em ambos experimentos e constituíram o mix suscetível. A B. ruziziensis e a aveia branca ‘URS Corona’ foram considerados resistentes (FR<1) e/ou imunes (FR=0) e constituíram o mix resistente a M. javanica. De forma geral, o mix resistente foi eficiente no manejo de M. javanica, mas não diferiu estatisticamente quando associado ou não a produtos biológicos/químicos. O mix suscetível associado ou não com produtos biológicos/químicos não garantiu melhores resultados de manejo. A atividade das enzimas fosfatase ácida e beta-glicosidase foi maior no solo não autoclavado, mas não podemos afirmar que tal resultado influenciou no menor número de nematoides e na maior produtividade da soja. Cultivares de plantas de cobertura utilizadas em mix podem ser resistentes a algumas espécies de Meloidogyne e P. brachyurus mais suscetíveis a outras. É importante saber quais as espécies de nematoides estão presentes no campo para recomendar o melhor mix de plantas de cobertura a ser utilizado na área.