Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Knothe, Giullia Assmann [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/250855
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Resumo: |
O feminino e o masculino na música, não diferentemente de outras áreas em que tal binarismo de gênero emerge de construções sociais, são estruturas complexas tecidas no sistema hierárquico patriarcal que permeia toda nossa sociedade. São códigos que se reproduzem e sobrevivem nas linguagens e espaços sociais, nas caracterizações de práticas culturais, na atribuição de valores e preconceitos dentro de sistemas de linguagem e comunicação. A música, sendo uma linguagem complexa, composta pela escrita, fala, sons e corpos, absorveu em todo seu espectro os binarismos e o sistema patriarcal que influencia não somente o modo como fazemos, mas também como ouvimos música e os corpos que a tocam. Neste trabalho, exploramos quais são os processos cognitivos e de que maneiras se escondem crenças de diferenças e cunhos de binarismos nos sons permeados pelo engendramento desses códigos em uma estrutura naturalizada ao ponto de não questionarmos se nosso julgamento do que ouvimos é interferido por aspectos visuais. Através da análise de atribuições de gênero e da qualidade que carregam entenderemos os lugares da prática musical de mulheres em alguns pontos da história da música erudita, tanto na análise teórico-musical quanto nas construções do imaginário visual sobre os corpos dessas mulheres na performance. Exploraremos, na discussão final, os efeitos de tais construções na avaliação da performance musical de mulheres na música erudita sob o viés cognitivo das implicações produzidas pelos estereótipos de gênero. |