Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Mariana [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150796
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Resumo: |
Visando a obtenção de informações sobre o comportamento reprodutivo de caranguejos marinhos com interesse ornamental, este estudo avaliou a capacidade reprodutiva de Stenorhynchus seticornis em cativeiro. Foram analisadas as características morfo-funcionais, incluindo a ultra-estrutura dos sistemas reprodutivos masculino e feminino com o uso de microscopia eletrônica em conjunto com a observação e descrição do comportamento reprodutivo e viabilidade do cultivo de larvas em laboratório. O tipo de receptáculo ventral observado em fêmeas recém-copuladas favorece que os espermatozoides do último macho a realizar a cópula sejam fecundados, por permanecer mais próximo a abertura do oviduto. O arranjo dos pacotes espermáticos observados nas fêmeas pode ser resultado de estratificação espermática formada pelas secreções produzidas pela glândula acessória do vaso deferente dos machos e que o papel dos gonopódios dos machos nos mecanismos de competição espermática deve ser analisado. Em relação aos eventos de cópula, todos os casais analisados apresentaram comportamento similar. Imediatamente, após ocorrer o contato físico entre os casais, o macho agarra a fêmea utilizando seus próprios quelípodos e posiciona a mesma, ventralmente ao seu abdome. Ambos flexionam os abdomes para trás e justapõem as partes ventrais. Os comportamentos de guarda e pós-guarda não ocorreram entre os casais observados. Após 20 dias, desde a ocorrência dos acasalamentos, 2 fêmeas exteriorizaram massas de ovos, indicando a possibilidade de obtenção de larvas para cultivo proveniente de reprodutores mantidos em laboratório. As 15 fêmeas ovígeras mantidas no sistema recirculante elaborado para este estudo liberaram de 1 a 4 lotes de larvas viáveis cada, durante o período de dois meses, comprovando a eficiência do sistema. O desenvolvimento larval completo ocorreu nas condições experimentais de 23°C de temperatura e 35 de salinidade, no qual 6,6% das larvas atingiram o estágio de juvenil. A obtenção constante de larvas viáveis, o conhecimento sobre as melhores condições de cultivo e sobre os padrões comportamentais de S. seticornis, contribuem para a ampliação e desenvolvimento do cultivo e manutenção de espécies ornamentais. |