Efeitos do óleo de cravo no comportamento da tilápia do nilo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Dneson Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193001
Resumo: Óleos essenciais com efeitos sedativos vêm sendo usados como potenciais substitutos de anestésicos sintéticos. Nessa linha, o óleo extraído de partes da planta do cravo da Índia (Eugenia caryophyllata)vem ganhando notoriedade como anestésico. Esse óleo vem sendo considerado eficaz, pois induz anestesia rapidamente, e também seguro, pois a recuperação dos reflexos é breve e ocorre baixa mortalidade. Entretanto, não se sabe se há modificações na reatividade a estímulos relevantes e nem se afeta os componentes motivacionais do comportamento. Como os efeitos dos anestésicos se dão no sistema nervoso, é plausível supor tais possibilidades. Neste estudo, utilizando a tilápia-do-Nilo (linhagem Supreme, revertidas sexualmente), um peixe altamente relevante para aquicultura mundial, testamos essa hipótese mencionada anteriormente. Operacionalmente, mensuramos elementos dos comportamentos alimentar e agressivo como meio para inferirmos efeitos na reatividade a estímulos e na motivação. Para isso, utilizando a técnica da exposição em banho, submetemos os peixes a 3 condições diferentes (n = 12 cada): 1) controle negativo (sem anestésico) e duas soluções alcoólica de óleo de cravo diluído em água2) 50mg/L e 3) 100 mg/L. As tilápias foram selecionadas aleatoriamente, removidas do tanque de estoque e inseridas isoladas em banho de solução anestésica em baldes plásticos atóxicos até atingirem o estágio II de anestesia (perda de equilíbrio e reflexo, pouco ou nenhum movimento muscular, mas manutenção das batidas operculares). Quantificamos o tempo para atingir esse estágio e, assim que atingido, os peixes foram removidos do banho e introduzidos em aquários (1 peixe por aquário) para futuras observações do comportamento. Os peixes controle (0 mg/L) foram expostos aos mesmos procedimentos e permaneceram nos baldes até o maior intervalo de tempo para um dos peixes da bateria atingir o estágio II de anestesia. As tilápias foram mantidas nos aquários por 4 dias consecutivos e, enquanto o comportamento alimentar foi avaliado diariamente, o agressivo foi avaliado no segundo e no quarto dia.Nossas evidências indicam que o óleo de cravo não afetou os componentes consumatórios e apetitivos dos comportamentos avaliados. Assim, nossos resultados reforçam o uso seguro de óleo de cravo-da-índia em práticas de aquicultura que requerem anestesia em tilápias.