Proposta metodológica para elaboração de indicador de fragilidade florestal com o uso de geotecnologias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Takikawa, Bruno Yuji
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193392
Resumo: A Mata Atlântica perdeu quase 88% de seu tamanho original, tendo como principais consequências a fragmentação florestal e a perda e extinção de habitats naturais. Uma das formas de se avaliar essas alterações é por meio das técnicas de Geoprocessamento e do Sensoriamento Remoto, que são tecnologias empregadas nas análises de dados espaciais, auxiliando em levantamentos, mapeamentos e monitoramentos de recursos naturais. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo elaborar através do uso de geoprocessamento uma metodologia para a identificação dos fragmentos florestais prioritários para ações de proteção ambiental através da fragilidade dos recursos florestais. A área de estudo foi a Bacia Hidrográfica do Rio Una, localizada no município de Ibiúna, centro-oeste do Estado de São Paulo, área inserida no Bioma Mata Atlântica. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi elaborada a base cartográfica a partir de cartas topográficas do município em escala de 1:10.000 e foi realizado o mapeamento do uso da terra. Deste mapeamento, foram identificados 27 fragmentos que passaram por um processo de remodelagem e avaliados quanto à sua fragilidade. Foram avaliados a forma (Índice de Circularidade – IC), que diz respeito à geometria dos fragmentos através da relação perímetro-área, o uso do entorno (Índice de Efeito de Borda – IEB), que calcula a influência do uso e manejo da terra adjacente aos fragmentos florestais e a condição biofísica (Índice de Qualidade Biofísica do Fragmento – IBQF), gerado da análise do teor de argila e do SAVI médio. Através do método AHP (Análise Hierárquica de Processos), foram atribuídos pesos para cada índice, derivando assim no Indicador de Fragilidade Florestal (IFF). O IC mostrou que 19 fragmentos foram classificados como muito alongados e 8 como alongados. O IEB mostrou que os usos antrópicos foram os principais fatores de alteração, resultando em 5 fragmentos com alta exposição antrópica e 22 com média exposição antrópica. O IQBF identificou 2 fragmentos classificados como baixa, 23 como média e 2 como alta qualidade biofísica. Para a atribuição dos pesos de cada índice no cálculo do IFF, a AHP resultou em uma razão de consistência de 8,8%, sendo considerada satisfatória. Os valores do IFF demonstraram que o maior peso atribuído ao IEB, foi próximo de 8 vezes maior que o IC e 3 vezes maior que o IQBF, contribuindo diretamente para o resultado. Isto comprova a importância do uso da terra adjacente aos fragmentos florestais com vista à sua conservação e proteção. Por fim, a metodologia aplicada pode ser uma importante ferramenta na elaboração de ações de conservação e auxiliar no planejamento e gestão das atividades relacionadas à proteção ambiental, em especial as florestas.