O sempre jovem Marx: o pensamento político de Marx entre 1837 a 1848

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribeiro, Fabricio Augusto Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253323
Resumo: A permanência do modo de produção capitalista nos tempos presentes, mais ainda, o seu movimento negativo, isto é, de negação do estatuto civilizatório burguês, a negação da democracia e da universalidade dos direitos humanos, é o dado concreto que faz do pensamento político do assim chamado “jovem Marx” atual e coerente com os desafios ora enfrentados pela classe trabalhadora. Ainda, o avanço da difusão global das ideologias burguesas, com destaque para as de fundo religioso, tanto quanto, por outro lado, a hegemonia das perspectivas utópicas e reformistas no seio de todo movimento político da classe trabalhadora também concorrem para a mais certa atualidade das concepções teórico-políticas desenvolvidas por Marx dentro do período de 1837 à 1848, quando da conclusão do Manifesto Comunista. A classe trabalhadora contemporânea pode extrair do pensamento político desenvolvido na juventude de Marx respostas coerentes para as seus desafios atuais, tanto no seu conteúdo e na sua forma, quanto da dinâmica do seu processo de desenvolvimento. É certo que os trabalhadores de hoje, necessitam derrubar a dominação capitalista, desmistificar as ideologias burguesas e superar as utopias dos socialismos e comunismos não científicos, tanto quanto aqueles com os quais, para os quais e a partir dos quais Marx e Engels descobriram e elaboraram a teoria do proletariado revolucionário, para liberar todos os homens dos limites da sociedade de classes, fundada na propriedade privada e na divisão social do trabalho por ela engendrada, e da opressão do Estado e da política que a ela correspondem. Para tanto é preciso redescobrir as capacidades, as potencialidades inerentes ao ato prático-crítico transformador do qual o proletariado é portador, desenvolvê-lo, incentivá-lo, agitá-lo por meio da difusão da sua teoria revolucionária, organizá-lo e prepará-lo, a partir de suas próprias diretrizes, necessidades e princípios para os momentos em que se abrem as oportunidades históricas para a revolução social. É a assertividade de todo este conjunto de concepções, competentemente desenvolvido por pelo assim chamado “jovem Marx”, que segue perfeitamente atual para os desafios da classe trabalhadora, assim como a sua dinâmica de desenvolvimento teórico-prático que faz dele, Marx, tão atual, quanto “jovem” para os tempos presentes.