Diagnóstico da qualidade ambiental nas áreas verdes públicas em Presidente Prudente (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Mariana Cristina Cunha [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134381
Resumo: Esta dissertação de mestrado intitulada Diagnóstico Ambiental nas Áreas verdes Públicas em Presidente Prudente (SP) tem como objeto de estudo as áreas verdes públicas da cidade de Presidente Prudente, que enquanto espaços destinados ao uso público desempenham funções específicas na dinâmica urbana, destacando-se a social, a ecológica e a estética. Em relação às suas características, mencionam-se as mais fundamentais como o solo permeável, mobiliário e equipamentos que permitam a realização de atividades físicas, de lazer e esportivas, além da presença marcante na paisagem da vegetação, especialmente, a de porte arbóreo. Por conseguinte, a proposta da dissertação foi elaborada enquanto uma contribuição para os estudos relacionados aos problemas ambientais urbanos, sem negligenciar os processos inerentes à produção do espaço geográfico, uma vez que o objetivo principal foi analisar a qualidade das áreas verdes públicas, tendo como premissa o fato de serem indicadores de qualidade ambiental na escala da cidade, não concebidas de modo imparcial, mas pensadas integralmente aos arranjos socioespaciais, associados às diferentes formas de apropriação e produção do espaço em sociedade. Por meio de uma análise histórico-temporal, foi evidenciado como determinados processos históricos influenciaram nos padrões de qualidade ambiental identificados para as áreas verdes analisadas. No que tange aos procedimentos metodológicos, o levantamento documental e bibliográfico revelou como o espaço na cidade tem sido produzido desde a implantação do seu núcleo urbano inicial. Já o inventário das áreas verdes existentes, etapa possível devido às informações cedidas pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMEA), mostrou como as mesmas estão dispostas dentro dos limites do perímetro urbano. Por sua vez, a pesquisa de campo, embasada na ficha de caracterização das áreas verdes, permitiu o conhecimento e a avaliação de indicadores geoambientais relevantes para a análise da dinâmica paisagística e ambiental nas áreas verdes. Os dados obtidos em campo foram sistematizados, organizados e espacializados com o auxílio da ferramenta do sensoriamento remoto, dos sistemas de informações geográficas, de técnicas de geoprocessamento, e pelo emprego do índice de qualidade ambiental nas áreas verdes, sendo de extrema importância no momento da análise, interpretação e apresentação dos resultados finais. Por fim, o diagnóstico da qualidade ambiental nas áreas verdes públicas de Presidente Prudente, enquanto um problema complexo e geográfico se deu pelas correlações estabelecidas entre teoria, metodologia e prática. Os resultados obtidos com esta pesquisa mostram uma relação direta entre processos de ordem histórica e política, e os padrões de qualidade ambiental das áreas verdes públicas avaliadas, corroborando que a produção desigual do espaço urbano interfere de maneira significativa, no modo como os investimentos públicos e privados são direcionados na escala intraurbana. Mais detalhadamente, os resultados demonstram que as áreas verdes melhor avaliadas no desempenho da função ecológica, se concentram no setor sul e oeste; as que obtiveram melhor avaliação no quesito função social estão implantadas no setor norte e leste; aquelas cujas avaliações foram mais positivas, tendo como referência a função estética, localizam-se no setor sul; no conjunto avaliado, as áreas verdes desempenham melhor a função estética, seguida da ecológica e por último a social; os melhores índices de qualidade ambiental nas áreas verdes públicas estão no setor sul e leste; já os piores no setor oeste e norte. Em síntese, os melhores índices de qualidade ambiental foram registrados em setores de inclusão social e/ou de baixa exclusão social; em áreas onde a presença da vegetação arbórea é mais expressiva, os valores do índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) são mais próximos de +1, as temperaturas de superfície menos aquecidas, onde o padrão construtivo é a baixa e média densidade de construção atrelada à alta ou média presença de vegetação arbórea, e nos setores que, historicamente, foram valorizados por meio de políticas públicas de reurbanização, cujos investimentos representam uma associação entre poder público e capital privado.