Efeitos da aplicação sistematizada de imersão em água fria sobre parâmetros perceptivos, funcionais e de desempenho em atletas da natação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Batista, Natanael Pereira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191394
Resumo: A imersão em água fria (IAF) é uma técnica comumente utilizada no âmbito esportivo no processo de recuperação pós-exercício. Na natação, este é um recurso utilizado principalmente entre provas, visando obter seus benefícios a curto prazo. Entretanto, os efeitos de sua aplicação de forma sistematizada e ajustada às demandas de treinamento, permanecem incertos, especialmente quando comparados à condição placebo. Objetivos: Avaliar os efeitos da imersão em água fria e sua condição placebo quando aplicadas de forma sistematizada e adequada a dinâmica de treinamento sobre parâmetros perceptivos, funcionais e de desempenho em atletas de natação. Métodos: Ensaio clínico randomizado do tipo cruzado, envolvendo 20 atletas de natação de ambos os sexos com idade entre 12 e 20 anos. O estudo foi realizado em seis semanas de treinamento do mesmo mesociclo. Durante os cinco dias da semana os participantes realizaram as sessões de treinamento, compostas por um treino físico em solo seguido do treino nadado. Aos sábados (após as cinco sessões) os atletas foram submetidos à uma sessão de testes. As intervenções recuperativas [imersão em água fria (14±1°C), imersão em água termo neutra (27±1°C) como condição placebo, e condição controle] foram aplicadas em três semanas (semanas 2, 4 e 6) às segundas, terças e sextas-feiras entre o treino físico e o treino nadado durante 12 minutos, enquanto as semanas 1, 3 e 5 foram consideradas basais. Os atletas foram randomizados de acordo com sexo e nível competitivo em sequências distintas (S1; S2; S3) nos quais se diferenciaram apenas pela ordem de realização das intervenções recuperativas em cada semana. Nas sessões de testes foram realizados dois tiros máximos de 100 metros nado crawl nos quais foram avaliados o índice técnico (tempo total) e as características de braçada de cada atleta, além de testes funcionais (flexibilidade, teste de supino, teste de salto, teste de barra e propriocepção de ombro). Como variável perceptiva foi aplicado o questionário SPEQ (Questionário de Percepções do Nadador ao Esforço) tanto nas sessões de treinamento como nas sessões de testes. Resultados: A IAF não apresentou efeitos sobre as variáveis funcionais e desempenho. Por outro lado, a técnica parece apresentar um efeito protetor com relação à dor durante o tiro. Foi observado também possível efeito placebo na análise a curto prazo das intervenções, com resultados favoráveis à intervenção placebo. A maior parte da amostra (65%) se sentiu mais recuperada com a IAF para realizar o treino nadado em relação às outras intervenções. Conclusão: A IAF quando aplicada de maneira sistemática durante sessões de treinamento de atletas de natação não apresenta efeitos deletérios ao desempenho além de apresentar um efeito protetor para dor e, portanto, pode ser considerado como uma estratégia de intervenção recuperativa para esta população.