Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Mereles, Juliana Lupo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204692
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Resumo: |
Introdução: A taquifemia é um distúrbio multidimensional e complexo, cujas principais manifestações incluem a velocidade de fala rápida e/ou irregular e o excesso das outras disfluências. Reduzir a velocidade de fala é um importante objetivo terapêutico, pois acredita-se que a fala mais lenta ocasionaria efeitos positivos, como a redução das outras disfluências e o aumento na inteligibilidade da fala. Objetivo: Verificar os efeitos imediatos da fala lenta induzida na fluência de adultos com e sem taquifemia. Método: Trata-se de um estudo transversal observacional prospectivo. Participaram 30 adultos, sendo 15 com taquifemia (Grupo Pesquisa-GP) e 15 fluentes (Grupo Comparativo-GC), pareados por sexo e idade ao GP. Os critérios de inclusão do GP foram: ter idade cronológica entre 19 e 55 anos e 11 meses; ser falante nativo do português brasileiro; manifestar velocidade de fala rápida e/ou irregular, acompanhada de no mínimo um dos seguintes sintomas: aumento na ocorrência das outras disfluências, coarticulação entre os sons, e pausas em posições atípicas; e apresentar escore de, pelo menos, 120 no Inventário Preditivo de Taquifemia (IPT). Os procedimentos metodológicos adotados foram: avaliação da fluência nas velocidades de fala habitual e lenta induzida; aplicação do Questionário de Autopercepção da Fala (QAPF); análise acústica do tempo das amostras de fala; e aplicação do Inventário Preditivo de Taquifemia nos adultos com taquifemia (GP). Resultados: Na fala habitual, os grupos foram semelhantes quanto à velocidade de fala, mas houve diferença estatisticamente significante entre os grupos nas outras disfluências (p=0,000) e no total de disfluências (p=0,000), com maior ocorrência no GP. A análise intragrupos mostrou que a fala lenta induzida ocasionou diminuição dos fluxos de sílabas e de palavras por minuto no grupo pesquisa (p=0,001 e p=0,002) e no grupo comparativo (p=0,001 e p=0,001). Os adultos com taquifemia também mostraram na fala lenta induzida redução na frequência das outras disfluências (p=0,001), do total das disfluências (p=0,001), da hesitação (p=0,001) e da palavra não terminada (p=0,012). Na fala habitual, houve relação significante no GP, indicando que quanto maior a frequência das outras disfluências e do total das disfluências, menor o fluxo de sílabas e de palavras por minuto, mostrando associação não paralela. No entanto, na fala lenta induzida, não ocorreu esta relação. Os dados da autopercepção do GP mostraram melhora na inteligibilidade da fala na fala lenta induzida. Conclusão: Como efeitos imediatos, a fala lenta induzida ocasionou a redução dos fluxos de sílabas e de palavras por minuto, em relação às outras disfluências, especificamente da hesitação e palavra não terminada, bem como do total de disfluências nos adultos com taquifemia. Na percepção dos próprios adultos com taquifemia, a fala lenta induzida também melhorou a inteligibilidade da fala. Portanto, pode-se concluir que a fala lenta induzida ocasionou um efeito benéfico nos adultos com taquifemia, uma vez que minimizou as principais manifestações do distúrbio. |