Expressão dos transportadores de monocarboxilatos de equinos e cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Feringer Júnior, Walter Heinz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153171
Resumo: O principal mecanismo de transporte dos íons lactato e H+ em equinos e cães é o complexo transportador formado pelos transportadores de monocarboxilatos, isoformas 1 (MCT1) e 4 (MCT4) juntamente com a proteína auxiliar CD147. Objetivando identificar diferenças entre equinos com desempenho distinto, 16 equinos da raça Brasileiro de Hipismo (BH) foram distribuídos em dois grupos, desempenho inferior (DI, n=8) e desempenho superior (DS, n=8) que foram submetidos a teste de salto incrementai (TSI). Realizou-se biópsia do músculo Gluteus medius para tipificação e análise das expressões das isoformas MCT1, MCT4 e CD147. Amostras sanguíneas foram colhidas para avaliar as expressões MCT1 e CD147 das hemácias. Aplicaram-se testes de normalidade de Shapiro Wilk e homogeneidade de Levene. As medidas morfométricas foram submetidas ao teste de Tukey. Teste “t” de Student não pareado para a comparação das médias dos grupos DI e DS. Aplicou-se correlação de Spearman para as expressões dos transportadores. Para todas as análises utilizou-se p≤0,05. Não houve diferença entre os grupos quanto à frequência de cada tipo de fibra e constatou-se maior quantidade das fibras tipo I em relação às fibras IIA e IIX em todos os equinos avaliados. Não houve diferença entre os pesos moleculares e a expressão das proteínas MCT1, MCT4, e CD147 musculares ou sanguíneas. Houve correlações positivas entre MCT1 vs. CD147 e MCT4 vs. CD147 musculares dos grupos DI e DS. As correlações encontradas foram esperadas uma vez que as isoformas estudadas dependem intimamente da proteína auxiliar CD147 para o transporte. Os equinos BH não apresentaram diferenças nas expressões dos MCT1,4 e CD147, musculares ou sanguíneos, mesmo com níveis de condicionamento diferentes. Com o objetivo de investigar as concentrações de lactato plasmático e das hemácias e avaliar as expressões eritrocitáras do complexo transportador MT1/CD147, 6 cães da raça American Pitbull Terrier (APBT) foram submetidos ao teste de esforço incremental (TEI) em esteira. No final de cada incremento de velocidade foi coletado sangue da veia cefálica. Foram mensuradas concentrações de lactato sanguíneo (LS), plasmático (LP), pH e hematócrito (Ht). A concentração do lactato dentro das hemácias (LH) foi estimada e estabeleceu-se a relação LH:LP. As expressões sanguíneas do complexo MCT1/CD147 foram avaliadas por Western Bloting. Aplicou-se análise de variância de uma via seguido pelo teste de Dunn’s. Para pH e Ht aplicou-se teste t de student para amostras pareadas e a correlação de Pearson foi utilizada para MCT1 e CD147, estabeleceu-se nível de significância P≤0,05. LS, LP e LH e pH não apresentaram diferenças entre si, a relação LH:LP foi próxima de 1 com tendência de aumento. MCT1 e CD147 apresentaram 48 e 59 kDa de peso molecular e 1,27 e 1,05 de unidades ópticas arbitrárias (UOA). Não foram encontradas correlações entre MCT1 e CD147. A grande velocidade de transporte do MCT1/CD147 explica a relação LP:LH próxima de 1, esta velocidade e o mecanismo de arquejo podem explicar os valores de pH constantes. A raça APBT, quando submetidos à atividade física apresentaram tendência de aumento da relação LH:LP e expressam de maneira homogênea o complexo MCT1/CD147.