Avaliação do solo de áreas mineradas em recuperação dentro do bioma amazônico por meio da relação entre morfometria de agregados do solo e teor de glomalina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Marcela Merides [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204585
Resumo: A indústria mineradora tem uma forte influência na economia brasileira, no entanto, para acessar as reservas de minério é necessário realizar a remoção da cobertura vegetal e camada superficial do solo resultando em múltiplos danos ambientais. Portanto, programas de recuperação de áreas degradadas tornam-se essenciais a fim de mitigar ou compensar os impactos negativos. Estudos realizados em áreas mineradas em recuperação em ecossistemas brasileiros demonstram que a avaliação das propriedades físicas e químicas associadas à atividade biológica são fundamentais no entendimento da real condição do solo, e deve levar em consideração que o ambiente é dinâmico e complexo com características diversificadas. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi desenvolver e testar uma nova abordagem para avaliação da agregação do solo e quantificação do teor de glomalina, como indicador de qualidade do solo em recuperação na Amazônia Brasileira. Nesse contexto, avaliaram-se seis minas desativadas em diferentes estágios de revegetação, sendo uma em condição recém-minerada, três em processo intermediário, duas em processo avançado e a florestal natural. Para esses tratamentos, os resultados obtidos apresentaram uma correlação positiva entre textura argilosa, diâmetro médio geométrico, circularidade, diâmetro de Feret dos agregados do solo e teor de glomalina (facilmente extraível e total), permitindo identificar diferentes níveis de resposta ambiental e grau de desenvolvimento nessas áreas mineradas em recuperação. A proteína do solo relacionada à glomalina aumentou nas áreas com estágios mais avançados de recuperação, mostrando-se, sensíveis às mudanças ambientais do solo. As características morfométricas possibilitaram analisar a qualidade do solo em relação à agregação, além de explicar melhorias na estabilidade estrutural. A caracterização da variabilidade morfométrica dos agregados mostrou-se como potencial ferramenta de gestão ambiental, visando à melhoria da condição da agregação em solos degradados. Desta Forma, é possível confirmar a aplicabilidade dos indicadores em relação à qualidade da agregação de solo minerado em processo de recuperação, pois essa abordagem metodológica integra um conjunto de indicadores quantitativos e qualitativos que fornecem uma síntese das condições ambientais bióticas e abióticas, contribuindo para o entendimento da situação real e as possibilidades de ações mitigadoras dos impactos no solo degradado. Considerando que nas florestas tropicais brasileiras concentra-se uma das maiores reservas minerais do mundo e a escassez de pesquisas relacionadas a esse assunto, a presente pesquisa busca avançar em um campo pouco explorado pela comunidade científica, tanto nacional como internacional, apresentando o estudo da agregação por meio da relação entre morfometria e a glomalina como potencial indicador da condição do solo para avaliar e monitorar áreas degradadas.