Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Batello, Luciano [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138218
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Resumo: |
A proporção aquosa liberada do leite durante a fabricação convencional de queijos é denominado soro de leite, este é considerado poluente devido a sua elevada carga orgânica, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO), como também pelo volume gerado. Para produzir 1 kg de queijo são gerados aproximadamente 9 kg de soro. Do total do soro produzido mundialmente estima-se que 50% sejam descartados em estações de tratamento de água ou reutilizados, como por exemplo, para alimentação de animais em fazendas. Também o fato do soro conter lactose, vitaminas e minerais, ele pode ser aproveitado principalmente para fabricação de alimentos. Procurando uma alternativa para este descarte produzido por pequenas e médias indústrias de laticínios e também com a necessidade de produzir materiais verdes e ecologicamente corretos, este trabalho avaliou a potencialidade do emprego do soro de leite como coagulante para látex de borracha natural (BN) e sua influência nas propriedades térmicas, mecânicas e tecnológicas da borracha crua da seringueira Hevea brasiliensis clone RRIM 600, cultivada na Fazenda Experimental da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – SP. Foram avaliados os soros resultantes da produção de queijos muçarela, minas e cottage e como referência foi utilizado o coagulante ácido acético 3 mol L-1, o qual é utilizado pelas indústrias do setor. Para este estudo foi analisada a influência da temperatura e do tempo na acidez dos soros. Foram analisadas as propriedades: plasticidade Wallace (P0), índice de retenção de plasticidade [PRI (%)], Viscosidade Mooney (VR) e analise termogravimétrica (TG) das borrachas coaguladas utilizando os diferentes tipos e proporções do soro. Os resultados mostraram que a acidez do soro pode ser acelerada com o tratamento térmico, sendo a maior variação para temperatura de 45º C no intervalo de 24 horas, mantendo-se constante após esse tempo. As propriedades tecnológicas (P0, VR e PRI) apresentaram pequenas variações entre os diferentes soros sendo os resultados estatisticamente iguais (teste t) exceto para as borrachas coaguladas com soro muçarela nas proporções de 50 e 100%, mas todos os resultados estão dentro dos padrões estabelecidos pela norma da ABNT. Os termogramas e os ensaios de tração-deformação para as borrachas coaguladas com os soros apresentaram o mesmo comportamento e valores ao dos ensaios obtidos com a do ácido acético. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que o soro de queijos pode ser utilizado como coagulante para o látex de BN em substituição ao ácido acético. Destaca-se que o soro cottage pode ser utilizado in natura, isto é, sem nenhum tratamento térmico prévio. Observa-se também que as borrachas coaguladas com soro apresenta um cheiro menos intenso, o que não acontece quando ela é coagulada naturalmente ou com ácido. |