Obra-prima da Amazônia? problemas de regionalização e políticas públicas de turismo no território paraense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Serra, Hugo Rogério Hage [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151233
Resumo: Este trabalho se refere à difusão das políticas públicas de turismo nas regiões turísticas criadas pelo governo do Pará. Parte-se da tese de que a difusão das políticas públicas de turismo não consegue o efeito regional veiculado por meio de seus planos de turismo, principalmente a partir do plano Ver-o-Pará: plano estratégico de turismo do estado do Pará. A partir de uma abordagem regional na qual o território paraense é reconfigurado por meio das regiões turísticas, este trabalho tem por objetivo analisar as regiões turísticas criadas pelo governo do estado do Pará e o processo de regionalização como produto das políticas públicas nos, assim denominados, polos Belém e Araguaia-Tocantins. Foram utilizados dados secundários dos principais documentos de pesquisa voltados à realidade turística no Pará e no Brasil. Da mesma forma, o uso de entrevistas semiestruturadas com os agentes diretamente envolvidos com o setor turístico – tanto do poder público estadual, municipal e federal – e dos setores privados de Belém e Marabá foram utilizadas para entender a relação desses sujeitos com a política de turismo adotada pelo governo do Pará. A interação entre os principais agentes do mercado turístico e o Estado resulta em um processo de regionalização das políticas de turismo, no qual as regiões turísticas concentram os principais investimentos públicos nas sedes municipais, havendo concentração econômica dos investimentos turísticos em tais sedes. Do ponto de vista regional, há uma distorção na aplicação dos investimentos e um aumento do fluxo de turistas para as sedes municipais e municípios estratégicos, espaços que reúnem maior quantidade e qualidade de serviços voltados ao turismo no Pará, em detrimento da região como um todo. As estratégias de regionalização das políticas públicas de turismo do Pará são legitimadas nos planos estaduais de turismo com intensa participação da iniciativa privada. Tais planos tiveram publicidade a partir de 2001 com atualização em 2011.