Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Sílvia Maria [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153165
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Resumo: |
Esta pesquisa apresenta, com base nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística variacionista (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972], 1994, 2001, 2010), um estudo descritivo-interpretativo acerca das diferentes formas verbais que se realizam em construções condicionais encabeçadas pela conjunção se, em dados de fala produzidos por falantes do interior paulista e presentes no projeto ALIP - “Amostra Linguística do Interior Paulista” (GONÇALVES, s.d.). Parte-se do pressuposto de que, dentro de um conjunto de condicionais em que formas verbais se alternam, há formas em variação que podem ser delimitadas por meio de paráfrases, a fim de se testar se o pressuposto se mantém o mesmo (STALNAKER, 1978; 2002). Este trabalho propicia a identificação de formas verbais que estão em um mesmo domínio funcional, o que constiui variação. Trabalhando com o conceito de empregabilidade (HYMES, 1972), a análise variacionista é feita com três combinações modo-temporais, quais sejam as mais empregadas nas orações potenciais (GIVÓN, 1982): (i) futuro do subjuntivo + presente do indicativo (Se José tiver dinheiro, compra uma ilha); (ii) futuro do subjuntivo + futuro do indicativo perifrástico (Se José tiver dinheiro, vai comprar uma ilha) e (iii) presente do indicativo + presente do indicativo (Se José tem dinheiro, compra uma ilha). Para as análises estatísticas, utilizou-se a plataforma R (CORE TEAM, 2017). A literatura apresenta, geralmente, formas de subjuntivo associadas ao valor de dúvida, menor asserção e menos realidade do enunciado, enquanto as de indicativo estariam mais próximas da realidade e imprimiriam maior asserção por parte do falante, mais realidade, mais certeza. Os resultados a que se chegou, entretanto, mostram uma explicação distinta dessa. Analisando modalidade da condicional, temporalidade, definitude do sujeito, tipo textual, sexo/gênero do informante, idade e escolaridade, viu-se, principalmente, uma forte correlação, por um lado, entre presente do indicativo e atemporalidade e sujeito genérico, bem como, por outro, temporalidade e sujeito definido associados a combinações com futuro, sobretudo o futuro do subjuntivo. A idade dos falantes também se mostrou fator atuante sobre as combinações, na medida em que aponta para uma possível mudança em curso. |