Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Campos, José Cláudio Viégas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236190
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Resumo: |
A crise hídrica que afetou o sudeste do Brasil em 2014, a região mais rica e populosa do país, mostrou, novamente, a necessidade de um maior entendimento dos processos hidrológicos para um uso mais eficaz dos recursos hídricos. Tradicionalmente, os estudos hidrológicos se concentram na avaliação dos recursos hídricos superficiais, fazendo com que o conhecimento hidrogeológico fique em segundo plano. O Sistema Aquífero Bauru (SAB) é um importante aquífero, predominantemente livre, com abrangência nas regiões sul, sudeste e centro oeste do Brasil. Embora pouco estudado no Triângulo Mineiro, o SAB é uma importante fonte hídrica no abastecimento parcial ou total a algumas cidades da região, além de contribuir significativamente na manutenção da vazão dos rios locais. Neste contexto, a avaliação da reserva hídrica subterrânea renovável e o entendimento do papel das águas subterrâneas na contribuição das vazões anuais dos rios locais são elementos importantes para uma melhoria da gestão dos recursos hídricos do Triângulo Mineiro. Para tanto, foram avaliadas as taxas de recarga do SAB utilizando-se 4 métodos: Variação de Nível d’Água (VNA) em 23 piezômetros; Balanço Hídrico Climático (BHC) através de dados de sensoriamento remoto de precipitação e evapotranspiração; decomposição de hidrograma em 11 bacias hidrográficas e utilização da variável Groundwater Storage – GWS (armazenamento de água subterrânea) do sistema de satélites Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE). Foram ainda determinados os índices de fluxo de base nas mesmas 11 bacias hidrográficas e avaliada a variabilidade das suas vazões ao longo do tempo. A recarga média anual com dados do GRACE, para o período de 2010 a 2019, foi de 473 mm, para o método VNA foi de 457 mm e por decomposição de hidrograma foi de 337 mm o que indica uma convergência dos valores de recarga para os métodos utilizados. De modo geral, os valores médios anuais de Índice de Fluxo de Base (IFB) para as 11 bacias avaliadas no SAB do Triângulo Mineiro foi de 0,78, para o período de 2000 a 2019. Destaque para a bacia do rio Uberaba, zona de ocorrência da Formação Uberaba, que apresentou os menores valores de IFB e valores crescentes de coeficiente de variação de vazão, Q5/Q95, Q5 e decréscimo nas vazões Q95 indicando uma maior vulnerabilidade às mudanças no regime pluviométrico e uso do solo que vem ocorrendo na região. |