O conhecimento do senso comum e os limites da inteligência artificial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pilan, Fernando Cesar [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91750
Resumo: Neste trabalho investigamos o papel cognitivo e epistêmico do conhecimento do senso comum no âmbito das discussões contemporâneas acerca da mente. Além disso, analisamos em que medida o conhecimento do senso comum se coloca como um limite ao alcance dos modelos mecânicos da Inteligência Artificial (IA). Com tais objetivos, em um primeiro momento apresentamos a pseudo dicotomia episteme/doxa assumida pela tradição filosófica, destacando a influência desta tradição em áreas contemporâneas de investigação da mente como a Ciência Cognitiva e a Inteligência Artificial. Como alternativa a este tipo de epistemologia dicotômica, apresentamos algumas vertentes filosóficas epistemologicamente continuístas como as propostas de T. Reid, G. Moore, J. Dewey e G. Ryle. Para estas vertentes, o conhecimento do senso comum é entendido como cognitivamente eficiente no âmbito cotidiano da vida, em especial, em atividades nas quais não temos o total controle consciente e intencional. A partir deste debate inicial sobre as capacidades cognitivas do conhecimento do senso comum, analisarmos as críticas de Dreyfus e Searle aos modelos tradicionais da Ciência Cognitiva e da Inteligência Artificial. Ressaltamos alguns argumentos destes autores que se dirigem a IA e aos limites e fronteiras que esta área encontra no que se refere à modelagem de programas capazes de manifestar conhecimento do senso comum. Defendemos que parte desta dificuldade se deve à incapacidade de tais modelos de desempenhar o papel decisivo da corporeidade nos processos cognitivos. Por fim, apresentamos a abordagem da Cognição Incorporada e Situada (CIS), a qual procura superar a dificuldade apontada ao levar em conta em seus modelos a relevância cognitiva da corporeidade, da interação organismo/mundo, a experiência...