Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Prado, Vanessa Alves do [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151401
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Resumo: |
Esta tese apresenta resultados da pesquisa que teve como objetivo compreender, pelos sentidos bakhtinianos de forças centrípetas e centrífugas, os discursos que permeiam a ação de formação de professores e a ação dos guias didáticos do programa paulista Ler e Escrever. As forças constituem os discursos dos formadores e dos professores atuantes nos anos iniciais do ensino fundamental, ciclo I, e explicam o movimento de adesão e de resistência desses sujeitos à imposição da implantação do Ler e Escrever como uma política educacional. A pesquisa de natureza etnográfica ancorou-se nos princípios da filosofia da linguagem, pensada por Bakhtin e Volochínov, e discutida por Medviédev e por autores contemporâneos estudiosos das obras do Círculo (de Bakhtin), e teve como participantes dez professores do ensino fundamental, ciclo I, de uma escola estadual do interior paulista, e três formadoras de uma diretoria de ensino. Algumas reuniões de formação na escola pesquisada, em momentos de Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo, foram observadas e gravadas em áudio e vídeo. Foram feitas também entrevistas com todas as professoras da escola que aceitaram a participar da pesquisa, com a professora coordenadora e com as professoras coordenadoras do Núcleo Pedagógico da diretoria de ensino. Além das observações e das entrevistas, constituíram a pesquisa: a) pautas das reuniões de formações na escola observada e b) guias de planejamento e orientações didáticas Ler e Escrever. Considerando o princípio da relação dialógica, a partir da premissa da alteridade, os enunciados foram compreendidos à luz da filosofia da linguagem. Foi possível compreender, a partir da resposta de professores e de formadores na implantação das ações em destaque do programa, que a força centrípeta, que quer dominar, e a força centrífuga, libertária, de sentidos contraditórios, dialogizam o próprio programa. Apesar da formação continuada de professores pelo programa e os guias didáticos Ler e Escrever demonstrarem ser uma ação anti-dialógica pela represália ao plurilinguismo e pela imposição e controle de uma linguagem única que desconsidera o professor como sujeito falante responsavelmente participante no mundo, o professor luta pela inalienabilidade da palavra, arrisca, rompe e se indigna, pela voz, pelo corpo e pelas atitudes, contra a força opressora e autoritária que quer apagar sua voz e paralisar seu ato. |