Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcio Ferreira da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154433
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Resumo: |
As narrativas e, precisamente, as representações sobre os grupos sociais distanciaram-se da realidade da cultura local. O discurso e as escolhas que representavam a memória e suas histórias tiveram como ponto de partida uma visão distante de conteúdos que refletiam, sobretudo, os aspectos identitários desses grupos. Denominamos esse tipo de interpretação de representação “sobre”. A presente pesquisa problematizou o modo como estão representados o negro e os assuntos correlatos à comunidade negra nos sistemas de organização do conhecimento ensinados nos cursos de Biblioteconomia no Brasil. Nessa acepção, enquanto ponto de partida, ergueu-se a proposta de hipótese de que representar o conhecimento de comunidades ou grupos tradicionais em favor do acesso ao conhecimento, deve pautar-se por uma leitura plural da realidade, o que nem sempre foi o caso para a situação do negro no Brasil. Nesse sentido, buscou em seu objetivo geral compreender a estrutura de representação das temáticas associadas aos negros nos sistemas de organização do conhecimento utilizados no Brasil. Especificamente, a Classificação Decimal de Dewey com ênfase à análise da religião Umbanda. Os sistemas ensinados nas escolas de Biblioteconomia no Brasil não se sustentam suficientemente para cobrir os aspectos culturais e, singularmente, as religiões de matriz africana na Classificação Decimal de Dewey. Nas representações sociais, a Umbanda é vista como “religião de feitiço”, catimbó”. A repetição desses termos tem imputado aos indivíduos atributos incompatíveis com suas práticas. Essas representações adquirem valor simbólico nessas expressões e estrategicamente forjadas. As comunidades discursivas dos povos tradicionais demonstram quão complexo e distante tem sido as representações sobre as religiões dos afrodescendentes, o quanto são afetados socialmente por subrepresentações e omissões que afetam suas identidades. Os temas presentes nas categorias da CDD, além de não representar adequadamente os temas relativos às religiões afrodescendentes, tem desempenho satisfatório para ocultar esses grupos e toda sua diversidade. Consideramos, que os sistemas são inadequados quando se voltam para questões específicas de uma realidade complexa como a brasileira. A postura exigida, ao longo das discussões, exige aproximações mais incisivas com as representações sociais referentes aos povos afrodescendentes no Brasil. |